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03/12/2003
-
06h23
da Agência Folha, em Boa Vista
O delegado Júlio César Baida Filho, 28, que presidia os 40 inquéritos relativos ao "escândalo dos gafanhotos", declarou ontem que pelo menos 50% dos depoimentos das pessoas presas "pareciam combinados". Já foram tomados 40 depoimentos dos 44 detidos na operação "Praga do Egito".
"Alguns dos envolvidos parecem agir de forma combinada. Eles não negam a imoralidade das ações que praticaram, mas estão tentando escapar de serem denunciados por crimes como formação de quadrilha e peculato. Se limitaram a dar informações básicas ou a ficar calados." Ele crê que muitos dos envolvidos podem ter combinado suas versões, já que as investigações são públicas.
Baida anunciou que não vai mais presidir as investigações: "O meu papel foi cumprido com a efetivação das prisões temporárias. Agora, os inquéritos vão ser divididos entre nove delegados". Entre as pessoas investigadas pela PF estão deputados estaduais e o governador Flamarion Portela (PT). O ex-governador Neudo Campos, acusado de ser o mentor do esquema --o que ele nega--, continua preso.
Polícia suspeita de depoimentos
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O delegado Júlio César Baida Filho, 28, que presidia os 40 inquéritos relativos ao "escândalo dos gafanhotos", declarou ontem que pelo menos 50% dos depoimentos das pessoas presas "pareciam combinados". Já foram tomados 40 depoimentos dos 44 detidos na operação "Praga do Egito".
"Alguns dos envolvidos parecem agir de forma combinada. Eles não negam a imoralidade das ações que praticaram, mas estão tentando escapar de serem denunciados por crimes como formação de quadrilha e peculato. Se limitaram a dar informações básicas ou a ficar calados." Ele crê que muitos dos envolvidos podem ter combinado suas versões, já que as investigações são públicas.
Baida anunciou que não vai mais presidir as investigações: "O meu papel foi cumprido com a efetivação das prisões temporárias. Agora, os inquéritos vão ser divididos entre nove delegados". Entre as pessoas investigadas pela PF estão deputados estaduais e o governador Flamarion Portela (PT). O ex-governador Neudo Campos, acusado de ser o mentor do esquema --o que ele nega--, continua preso.
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