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06/12/2003 - 05h56

"Vintões" comandam operação da PF

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da Agência Folha, em Boa Vista

No comando da investigação do "escândalo dos gafanhotos" estão um procurador da República de 25 anos, um delegado de Polícia Federal de 28 e um promotor de Justiça de 26.

Os três lideram a força-tarefa que reúne integrantes da Polícia Federal e dos Ministérios Públicos Estadual e Federal.

O cearense Rômulo Moreira Conrado, 25, é o mais novo do grupo. Aos 23 anos de idade ele já era procurador da República. Hoje, com a fama de "mão pesada", devido às duras ações que encaminha, conforme colegas de trabalho, é chefe do Ministério Público Federal de Roraima.

Franzino, tímido e de fala mansa, Conrado, que é filho de um comerciante com uma dona-de-casa, afirma que a pouca idade nunca foi obstáculo para suas responsabilidades. "É preciso somente dedicação ao trabalho", disse o procurador, que é casado há pouco mais de um ano e "fanático" por corridas de Fórmula 1:

"O nosso trabalho é em equipe. Dividimos responsabilidades e não há espaço para pressões".

O paulistano Julio César Baida Filho, 28, delegado da PF há um ano, tem de aliar o cuidado com a mulher grávida com a atenção à presidência de 40 inquéritos instaurados para apurar a fraude.

"O peso da nossa responsabilidade é grande, mas vejo que ações como essas fazem com que a população volte a ter fé na polícia, na Justiça", declarou, que levou o ex-governador Neudo Campos (PP) para uma cela da cadeia pública de Boa Vista.

Filho chegou a trabalhar em uma locadora de vídeos e em um banco privado. Ele afirma, porém, que ser delegado sempre foi seu grande sonho.

O terceiro pilar da força-tarefa é o brasiliense Alexandre Moreira Tavares dos Santos, 26, promotor de defesa do Patrimônio Público. Longe da família e da namorada, que continuam em Brasília, gasta parte do que ganha com as contas telefônicas, mas se diz realizado.

Quando questionado se tem algum temor estando à frente de uma investigação com tantos interesses, é enfático: "Se nós, promotores, procuradores e delegados tivermos receio de enfrentar o crime organizado, quem vai enfrentar?"
 

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