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13/12/2003 - 06h34

Em carta ao PT, governador de RR diz "poupar partido"

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da Agência Folha

Leia abaixo a íntegra da carta do governador de Roraima, Flamarion Portela, enviada ao Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores, na qual solicita afastamento temporário por 90 dias do quadro do partido:

"Caros Companheiros e Companheiras,

Em vista das irregularidades administrativas herdadas por meu governo e que colocam, neste momento, o Estado de Roraima sob investigação federal, solicito de V.Sa. afastamento temporário, pelo prazo de 90 dias, do quadro de filiados do Partido dos Trabalhadores --partido ao qual me filiei e com o qual quero aprender a fazer política, e que respeito e admiro por colocar a ética acima de tudo.

Quero, desta forma, poupar a direção do partido, bem como meus companheiros e companheiras, de constrangimentos e favorecer uma investigação minuciosa, serena e imparcial, que esclareça os fatos, puna os responsáveis e tranquilize a opinião pública estadual e federal, que é o que sempre quis e favoreci com meus atos e com as medidas que tomei.

Reitero que, em momento algum, fui omisso ou conivente com as irregularidades e, como demonstro no documento em anexo, no qual detalho o desenvolvimento do processo, tomei medidas saneadoras desde o primeiro dia útil de meu primeiro mandato como governador (08/04/2002). Eventuais demoras se devem ao descalabro administrativo que encontrei.

Coube-me enfrentar, desde então, interesses poderosos e escusos incrustados na máquina administrativa do Estado e realizar, pela primeira vez na história de Roraima, concursos públicos para a contratação de servidores, com a valiosa participação da Universidade de Brasília.

Estou certo que essas ações moralizadoras serão reconhecidas e a justiça será feita, mesmo que essas, como todos são sabedores, tenham me custado ameaças de morte, extensivas aos meus familiares.

Pelo exposto, opto por aguardar o desfecho dos acontecimentos, sem gerar incômodos aos meus companheiros e companheiras de legenda, que tanto admiro e respeito. Quero, mais do que ninguém, o esclarecimento cabal dos fatos, para, ao final, retornar à militância partidária, na luta por ética e transparência na vida pública".
 

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