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13/12/2003 - 05h46

PT faz balanço e decide se expulsa radicais

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FERNANDA KRAKOVICS
da Folha de S.Paulo, em Brasília

O Diretório Nacional do PT se reúne neste fim de semana em Brasília para fazer um balanço do primeiro ano de governo Lula, traçar os rumos para o próximo ano, discutir as alianças para as eleições de 2004 e decidir sobre a praticamente certa expulsão da senadora Heloísa Helena (AL) e dos deputados Babá (PA), João Fontes (SE) e Luciana Genro (RS).

A reunião será aberta pelo presidente do partido, José Genoino, que dirá que o PT foi "vitorioso" em 2003, citando a política externa e a aprovação das reformas previdenciária e tributária.

Genoino defenderá agenda "mais diversificada" para 2004, priorizando o crescimento econômico e a geração de emprego. Os ministros Antonio Palocci Filho (Fazenda), José Dirceu (Casa Civil) e Celso Amorim (Relações Exteriores) discursarão a seguir.

O dia de hoje está reservado para o balanço do primeiro ano de governo e das perspectivas para o próximo. Serão apresentados oito textos de diferentes correntes do partido, que serão debatidos e votados. Daí sairá uma resolução do PT. Também será divulgado hoje um documento com a política de alianças e a estratégia eleitoral para as eleições municipais de 2004.

O momento mais tenso do encontro ocorrerá amanhã, quando os 84 membros do Diretório Nacional decidirão o destino de Heloísa Helena, Babá, Genro e Fontes. A cúpula do partido está fechada pela expulsão. Ontem, tendências moderadas fizeram reuniões e também fecharam questão. "A hipótese de não haver expulsão é zero. Só se a maioria for derrotada", afirmou o secretário de Organização do PT, Silvio Pereira. As manifestações pró-radicais e o choro de Helena não o sensibilizaram. "Não tem vítima nessa história. Esse é um partido que tem direção e estatuto", disse.

A tendência de Helena, a Democracia Socialista, propôs que ela fosse suspensa por um ano. A proposta foi rejeitada. "O PT fez tudo para que a situação dela não chegasse aonde chegou. Aprovamos a reforma da Previdência no Senado em segundo turno com apenas dois votos de vantagem. Ela poderia ter dado um sinal, mas não o fez", disse Genoino.

A Comissão de Ética vai apresentar seu relatório a favor da expulsão dos parlamentares. Cada um deles terá 15 minutos para se defender. Pereira, autor do pedido de abertura do processo, também falará por 15 minutos. Os 84 membros do diretório votarão o parecer, que precisa do voto de metade mais um dos presentes.
 

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