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15/12/2003
-
22h00
SÍLVIA FREIRE
da Agência Folha
O ex-deputado federal Hildebrando Pascoal foi transferido na madrugada de hoje da Cadeia Pública Federal do Acre, conhecida como Papudinha, onde estava sob a custódia da Polícia Federal, para o presídio de segurança máxima Antônio Amaro Alves, em Rio Branco, do governo estadual.
Pascoal tem pelo menos duas condenações na Justiça por envolvimento com o narcotráfico e está preso desde 1999.
Além do ex-deputado, outros 19 presos condenados por narcotráfico e participação em grupos de extermínio, foram levados para o mesmo presídio.
A transferência foi mantida sob sigilo e iniciada às 5h de ontem. Foram mobilizados cem PMs e 20 carros. Antes das 7h todos os 20 presos já haviam sido levados para o novo presídio.
A transferência foi uma determinação da Justiça Federal, em acordo com os Ministérios Públicos Federal e Estadual e o governo do Acre. Os 28 agentes da PF que faziam a vigilância dos presos já retornaram aos seus Estados.
Desde 1999, a custódia de Pascoal e de presos ligados a ele era da Polícia Federal, pois como ex-coronel da PM no Acre, ele mantinha ligações com a corporação.
Segundo o secretário de Justiça e Segurança Pública do Acre, Fernando Melo, essa situação já foi "ultrapassada". Os PMs farão apenas a segurança externa e os agentes penitenciários que têm contato com os presos são novos e foram treinados no presídio de Segurança Máxima de Presidente Bernardes, em São Paulo.
Hoje, o governador do Acre, Jorge Viana (PT), assinou o decreto que cria o regime disciplinar diferenciado (RDD) e estabelece regras disciplinares a serem adotadas no Amaro Alves.
Segundo Melo, Pascoal não está submetido ao RDD, mas as regras disciplinares são "duras".
"O regime [disciplinar] que o Hildebrando irá ficar é duro. Os presos vão usar farda e terão acesso à programação de TV selecionada pela administração [do presídio]. Não poderão assistir futebol ou novelas", disse o secretário.
O presídio Amaro Alves tem capacidade para 183 presos e foi construído com verba da União com contrapartida do governo do Estado. Foram gastos R$ 2 milhões. Segundo o secretário, a idéia agora é transformar o prédio da Papudinha em um local para abrigar presos que colaboram com a polícia e com a Justiça.
Hildebrando Pascoal é transferido para o presídio de Rio Branco
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da Agência Folha
O ex-deputado federal Hildebrando Pascoal foi transferido na madrugada de hoje da Cadeia Pública Federal do Acre, conhecida como Papudinha, onde estava sob a custódia da Polícia Federal, para o presídio de segurança máxima Antônio Amaro Alves, em Rio Branco, do governo estadual.
Pascoal tem pelo menos duas condenações na Justiça por envolvimento com o narcotráfico e está preso desde 1999.
Além do ex-deputado, outros 19 presos condenados por narcotráfico e participação em grupos de extermínio, foram levados para o mesmo presídio.
A transferência foi mantida sob sigilo e iniciada às 5h de ontem. Foram mobilizados cem PMs e 20 carros. Antes das 7h todos os 20 presos já haviam sido levados para o novo presídio.
A transferência foi uma determinação da Justiça Federal, em acordo com os Ministérios Públicos Federal e Estadual e o governo do Acre. Os 28 agentes da PF que faziam a vigilância dos presos já retornaram aos seus Estados.
Desde 1999, a custódia de Pascoal e de presos ligados a ele era da Polícia Federal, pois como ex-coronel da PM no Acre, ele mantinha ligações com a corporação.
Segundo o secretário de Justiça e Segurança Pública do Acre, Fernando Melo, essa situação já foi "ultrapassada". Os PMs farão apenas a segurança externa e os agentes penitenciários que têm contato com os presos são novos e foram treinados no presídio de Segurança Máxima de Presidente Bernardes, em São Paulo.
Hoje, o governador do Acre, Jorge Viana (PT), assinou o decreto que cria o regime disciplinar diferenciado (RDD) e estabelece regras disciplinares a serem adotadas no Amaro Alves.
Segundo Melo, Pascoal não está submetido ao RDD, mas as regras disciplinares são "duras".
"O regime [disciplinar] que o Hildebrando irá ficar é duro. Os presos vão usar farda e terão acesso à programação de TV selecionada pela administração [do presídio]. Não poderão assistir futebol ou novelas", disse o secretário.
O presídio Amaro Alves tem capacidade para 183 presos e foi construído com verba da União com contrapartida do governo do Estado. Foram gastos R$ 2 milhões. Segundo o secretário, a idéia agora é transformar o prédio da Papudinha em um local para abrigar presos que colaboram com a polícia e com a Justiça.
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