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19/12/2003
-
13h01
RICARDO MIGNONE
da Folha Online, em Brasília
O deputado Beto Albuquerque (PSB-RS), um dos vice-líderes do governo na Câmara, disse hoje que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva "pagou mico" ao convocar o Congresso para trabalhar em janeiro e fevereiro.
A convocação ainda não foi oficializada pelo Planalto, mas foi confirmada pelos líderes governistas no Senado. Durante o trabalho extra, os deputados votarão a chamada PEC (Proposta de Emenda Constitucional), que altera pontos específicos da Previdência.
Albuquerque afirmou que o presidente não pode "se sujeitar" a uma "chantagem" dos senadores. O comentário dele foi sobre a afirmação feita ontem pelo vice-presidente do Senado, Paulo Paim (PT-RS), que além de ameaçar entrar em greve de fome, disse que se o Congresso não fosse convocado, os senadores não votariam o projeto de lei que prorroga a alíquota de 27,5% do Imposto de Renda das pessoas físicas.
"Eu acho que o presidente Lula não deve convocar. Seria um mico, me perdoe a expressão, que o presidente irá pagar para ser suscetível à pressão do Senado e suscetível a um mal acordo que o governo fez no Senado", declarou o deputado, referindo-se ao acordo que resultou na PEC paralela.
Paim
Quanto à ameaça de Paim, Albuquerque afirmou que o governo poderia editar uma medida provisória dispondo sobre a alíquota do IR.
"Se o Senado não votar o Imposto de Renda a gente resolve por MP. Portanto um governo forte não tem que ficar sujeitado a chantagem ou ameaça de qualquer uma das Casas. Cada um tem que cumprir aqui responsabilidade com o Brasil", disse.
Como a convocação ainda não foi conformada pelo Palácio do Planalto, Albuquerque disse acreditar que ainda há possibilidade de reverter a decisão. "Eu espero que nós possamos demover o presidente de não pagar esse mico no final do ano."
Lula "paga mico" ao convocar Congresso, diz vice-líder do governo
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da Folha Online, em Brasília
O deputado Beto Albuquerque (PSB-RS), um dos vice-líderes do governo na Câmara, disse hoje que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva "pagou mico" ao convocar o Congresso para trabalhar em janeiro e fevereiro.
A convocação ainda não foi oficializada pelo Planalto, mas foi confirmada pelos líderes governistas no Senado. Durante o trabalho extra, os deputados votarão a chamada PEC (Proposta de Emenda Constitucional), que altera pontos específicos da Previdência.
Albuquerque afirmou que o presidente não pode "se sujeitar" a uma "chantagem" dos senadores. O comentário dele foi sobre a afirmação feita ontem pelo vice-presidente do Senado, Paulo Paim (PT-RS), que além de ameaçar entrar em greve de fome, disse que se o Congresso não fosse convocado, os senadores não votariam o projeto de lei que prorroga a alíquota de 27,5% do Imposto de Renda das pessoas físicas.
"Eu acho que o presidente Lula não deve convocar. Seria um mico, me perdoe a expressão, que o presidente irá pagar para ser suscetível à pressão do Senado e suscetível a um mal acordo que o governo fez no Senado", declarou o deputado, referindo-se ao acordo que resultou na PEC paralela.
Paim
Quanto à ameaça de Paim, Albuquerque afirmou que o governo poderia editar uma medida provisória dispondo sobre a alíquota do IR.
"Se o Senado não votar o Imposto de Renda a gente resolve por MP. Portanto um governo forte não tem que ficar sujeitado a chantagem ou ameaça de qualquer uma das Casas. Cada um tem que cumprir aqui responsabilidade com o Brasil", disse.
Como a convocação ainda não foi conformada pelo Palácio do Planalto, Albuquerque disse acreditar que ainda há possibilidade de reverter a decisão. "Eu espero que nós possamos demover o presidente de não pagar esse mico no final do ano."
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