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04/09/2000 - 07h41

Conde diz que, se for reeleito, vai renegociar dívida do Rio

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ANTONIO CARLOS DE FARIA
da Folha de S.Paulo

O prefeito Luiz Paulo Conde (PFL) diz que se chegar ao segundo mandato vai renegociar a dívida da cidade. Ele estima que órgãos federais devem cerca de R$ 500 milhões à prefeitura, que ele quer abater do total da dívida municipal -cerca de R$ 4 bilhões.

Ele afirma que esse foi um problema que herdou do ex-prefeito Cesar Maia (PTB), de quem foi secretário de Urbanismo e que hoje é seu principal adversário. Conde tem 35% das intenções de voto, segundo o Datafolha. Maia, 21%.

Arquiteto, o prefeito afirma que não quer alimentar uma discussão com Maia. Para Conde, a principal qualidade do rival foi justamente saber escolher uma boa equipe de trabalho. A seguir, trechos de sua entrevista à Folha:

Folha - A subida do senhor nas pesquisas já era esperada?

Conde - Desde o início, temos o governo bem avaliado, o que veio se consolidando com o tempo.

Folha - Há possibilidade de vencer no primeiro turno?

Conde - Estamos trabalhando para ganhar a eleição, seja no primeiro ou no segundo turno. Este mês é decisivo. Como trabalhei durante a gestão Cesar Maia, havia ainda uma confusão junto ao eleitorado, que ele explora em proveito próprio, que precisou ser desfeita. Agora as coisas estão claras e estamos crescendo.

Folha - No segundo turno, o senhor espera apoio explícito do governador Garotinho?

Conde - Depende de quem for o adversário. Se não forem Brizola ou Benedita, acho que dará o apoio. Acho que me apoiará se for contra Cesar Maia.

Folha - Qual o motivo da queda de Cesar Maia nas pesquisas?

Conde - Ele não é uma pessoa agregadora. Esse deve ser o principal defeito dele. Mantive o mesmo secretariado que ele mantinha no governo, até parente dele eu tenho na prefeitura.

Folha - O senhor pretende, em um segundo mandato, renegociar a dívida da prefeitura?

Conde - Estamos com uma dívida sendo paga, completamente controlada. Mas temos um contencioso muito grande com órgãos federais que devem impostos à prefeitura, somando mais de R$ 500 milhões. Estamos discutindo e vamos trabalhar para ter um encontro de contas com o governo federal. A negociação da dívida poderá ser melhorada.

Folha - O senhor faz parte do PFL, partido da aliança que elegeu o presidente Fernando Henrique. O senhor é candidato do presidente?

Conde - O candidato do presidente é Ronaldo Cezar Coelho, do PSDB. Mas não hostilizo o presidente. Faço críticas a ele, mas meu temperamento não é de agredir.

Folha - O que o senhor não fez nesta gestão, que agora quer estabelecer como prioridade?

Conde - A prioridade é o saneamento, a despoluição. Outra área é a de transportes. Além disso, vamos intensificar o Favela-Bairro.

Folha - O senhor criou a lei que permitiu a volta da construção de apart-hotéis. Com isso as construtoras compraram várias casas antigas e até mesmo prédios pequenos e vão derrubá-los para erguer edifícios. O senhor não acha que isso diminui a qualidade de vida?

Conde - Nossa lei controla o crescimento desordenado. Depois de um movimento de procura, haverá um equilíbrio.

Folha - A campanha do senhor é caracterizada por uma grande quantidade de outdoors, materiais pela cidade inteira, grande horário na televisão. Quem são os financiadores da campanha?

Conde - Isso vai aparecer quando prestarmos contas para o TRE. Acho que a campanha mais cara é a do Cesar Maia.

Folha - O senhor compraria um carro usado de Cesar Maia?

Conde - Eu não quero falar dele, porque acho que ele, quando entra no desespero, parte para a baixaria.

Folha - Para o senhor, qual a principal qualidade de Maia?

Conde - Ele teve a qualidade de escolher uma boa equipe para trabalhar, quando foi prefeito.

  • Leia as colunas "Advertência: Horário eleitoral faz mal para a saúde", de Luiz Caversan, e "Saiba como fugir da propaganda política", de Magaly Prado, na Pensata

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