Publicidade
Publicidade
23/12/2003
-
10h00
FABIANA CIMIERI
da Folha de S.Paulo, no Rio
Numa carta conjunta enviada na semana passada à Presidência da República, os presidentes dos clubes Naval, Militar e da Aeronáutica afirmam que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou "pouca consideração e desrespeito aos oficiais-generais presentes" no almoço de fim de ano no Clube do Exército, em Brasília, no último dia 15.
O vice-almirante Odilon Luís Wollstein (Clube Naval), o general Luiz Gonzaga Schroeder Lessa (Clube Militar) e o brigadeiro Danilo de Paiva Álvares (Clube da Aeronáutica) --os três presidentes são oficiais da reserva-- manifestaram na carta "repúdio" ao que o presidente Lula afirmou no encontro.
Durante o almoço, Lula disse, diante de cerca de 140 generais, que "não adianta ter um bando de generais e um bando de soldados, se eles não têm nem sequer pólvora ou, quem sabe, uma bala para usar em caso de necessidade".
A carta conjunta afirma que, no discurso, o presidente causou "constrangimento" aos militares ao empregar a palavra bando.
"O vocábulo ofende porque tem conotação pejorativa e o significado de grupo de pessoas que agem em atividades ilegais ou anti-sociais; quadrilha de malfeitores, condições inaceitáveis para aqueles que integram as Forças Armadas", diz a carta.
Casseta & Planeta
De acordo com a carta, o discurso de improviso deve ser analisado num "contexto mais amplo, em que se inclui a recepção ao elenco de Casseta & Planeta e a exibição de filme ridicularizador dos militares ["A Taça do Mundo É Nossa']".
O filme, segundo a carta enviada a Lula, "pareceu ter recebido o endosso de Vossa Excelência".
As palavras de Lula, afirmam os presidentes dos clubes, "podem parecer informalidade, mas expressam pouca consideração e desrespeito aos oficiais-generais presentes e a todos os militares atentos a esse evento".
Juntos, os três clubes têm cerca de 70 mil militares associados.
Na transcrição oficial do discurso, a palavra bando foi trocada por grupo. "Mas a deselegância já estava irremediavelmente feita", afirma a carta.
O documento fala ainda do "mais profundo desapontamento e indignação" dos clubes com o presidente, que é citado como "comandante supremo das Forças Armadas".
"As Forças Armadas podem estar pobres, desprovidas de recursos, mas são ricas em honras e tradições", diz a carta.
Clube militar se diz ofendido por Lula
Publicidade
da Folha de S.Paulo, no Rio
Numa carta conjunta enviada na semana passada à Presidência da República, os presidentes dos clubes Naval, Militar e da Aeronáutica afirmam que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou "pouca consideração e desrespeito aos oficiais-generais presentes" no almoço de fim de ano no Clube do Exército, em Brasília, no último dia 15.
O vice-almirante Odilon Luís Wollstein (Clube Naval), o general Luiz Gonzaga Schroeder Lessa (Clube Militar) e o brigadeiro Danilo de Paiva Álvares (Clube da Aeronáutica) --os três presidentes são oficiais da reserva-- manifestaram na carta "repúdio" ao que o presidente Lula afirmou no encontro.
Durante o almoço, Lula disse, diante de cerca de 140 generais, que "não adianta ter um bando de generais e um bando de soldados, se eles não têm nem sequer pólvora ou, quem sabe, uma bala para usar em caso de necessidade".
A carta conjunta afirma que, no discurso, o presidente causou "constrangimento" aos militares ao empregar a palavra bando.
"O vocábulo ofende porque tem conotação pejorativa e o significado de grupo de pessoas que agem em atividades ilegais ou anti-sociais; quadrilha de malfeitores, condições inaceitáveis para aqueles que integram as Forças Armadas", diz a carta.
Casseta & Planeta
De acordo com a carta, o discurso de improviso deve ser analisado num "contexto mais amplo, em que se inclui a recepção ao elenco de Casseta & Planeta e a exibição de filme ridicularizador dos militares ["A Taça do Mundo É Nossa']".
O filme, segundo a carta enviada a Lula, "pareceu ter recebido o endosso de Vossa Excelência".
As palavras de Lula, afirmam os presidentes dos clubes, "podem parecer informalidade, mas expressam pouca consideração e desrespeito aos oficiais-generais presentes e a todos os militares atentos a esse evento".
Juntos, os três clubes têm cerca de 70 mil militares associados.
Na transcrição oficial do discurso, a palavra bando foi trocada por grupo. "Mas a deselegância já estava irremediavelmente feita", afirma a carta.
O documento fala ainda do "mais profundo desapontamento e indignação" dos clubes com o presidente, que é citado como "comandante supremo das Forças Armadas".
"As Forças Armadas podem estar pobres, desprovidas de recursos, mas são ricas em honras e tradições", diz a carta.
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice