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06/01/2004 - 20h30

Padres teriam sido espancados em protesto em RR, diz o CIR

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JOSÉ EDUARDO RONDON
da Agência Folha

O CIR (Conselho Indigenista de Roraima) afirma que, nos protestos de hoje, dois padres e um missionário foram espancados e feitos reféns dentro da reserva Raposa/Serra do Sol.

O grupo, de cerca de 200 pessoas, seria formado por fazendeiros e indígenas contrários à homologação da área.

Segundo o secretário jurídico do CIR, Júlio de José Souza, o grupo invadiu durante a madrugada a sede da missão indígena do Surumu, localizada dentro da reserva Raposa/Serra Sol.

De acordo com Souza, os padres Cézar Avellaneda e Ronildo Pinto França e o missionário Juan Carlos Martinez foram espancados pelo grupo e permaneciam, até o início da tarde, amarrados em estacas ao sol.

A Polícia Federal enviou uma equipe ao local e, até o início da noite de ontem, não havia confirmado a acusação. A Agência Folha não conseguiu contato com fazendeiros da área.

No local, segundo Souza, funciona um centro de formação e estudo indígena. Nove alunos que estavam na instituição também teriam sido tomados reféns pelo grupo.

No final da tarde, policiais federais se dirigiam à área para acompanhar o caso.

Em nota divulgada à imprensa, o Cimi (Conselho Indigenista Missionário) afirma que "esse fato violento revela o desassossego de setores agressivamente antiindígenas diante da anunciada homologação da reserva".

A direção do órgão disse esperar do governo federal, no prazo mais curto possível, a liberação e a garantia de integridade dos padres e do missionário feitos reféns.

Para o padre Edson Damian, integrante do Cimi e membro da diocese de Roraima, por trás da violência do caso estão os interesses de invasores da área indígena, que estariam inconformados com a informação do ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, de que, neste mês, a reserva indígena Raposa/Serra do Sol será homologada como área contínua, ou seja, os fazendeiros que plantam no local serão realocados.
 

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