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09/01/2004
-
20h30
ALESSANDRA KORMANN
da Agência Folha
Centenas de agricultores ligados ao MPA (Movimento dos Pequenos Agricultores) entraram hoje de manhã em confronto com a Brigada Militar em Santa Cruz do Sul (148 km de Porto Alegre). Eles estavam reunidos para protestar contra o preço que as empresas fumageiras querem pagar aos produtores de fumo.
De acordo com o coronel Ilson Pinto de Oliveira, do Comando Regional do Vale do Rio Pardo, cerca de 600 agricultores, armados com porretes, tentaram invadir a sede da Universal Leaf Tabacos. "Como eles já haviam feito invasões na última reunião que fizeram, em novembro, a Justiça expediu um interdito proibitório [ordem judicial proibindo as invasões e autorizando desocupação imediata]. Por prevenção, mobilizamos o efetivo, e não deu outra. Quando os agricultores chegaram, nós já estávamos lá." Eram cerca de 80 policiais.
Segundo ele, os agricultores derrubaram a cerca da empresa e avançaram em direção à barreira humana de policiais. Cerca de 20 agricultores e quatro policiais ficaram feridos com lesões leves. "Isso é uma coisa normal em operações com o uso da força. Nós apreendemos cerca de 40 porretes que eles arremessaram contra os policiais", afirmou o coronel.
"Foi uma atitude covarde por parte do governo do Estado, que colocou aparato policial em operação de guerra para perseguir agricultores se deslocando para negociar o preço do fumo. Fomos perseguidos desde os nossos municípios, nossos ônibus foram parados e revistados. Nós só queríamos negociar com o Sindifumo [Sindicato da Indústria do Fumo], fomos para conversar com os diretores da empresa", disse Áureo Paulo Scherer, da direção nacional do MPA.
Segundo ele, o grupo era formado por mil agricultores, vindos de 130 municípios. Eles querem R$ 137 pela arroba do fumo, e as empresas querem pagar R$ 73,95.
"Se não houver acordo, vamos reunir um contingente muito maior de camponeses, não só mil pessoas, e vai haver uma rebelião", afirmou Scherer.
Agricultores e Brigada Militar entram em confronto no RS
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da Agência Folha
Centenas de agricultores ligados ao MPA (Movimento dos Pequenos Agricultores) entraram hoje de manhã em confronto com a Brigada Militar em Santa Cruz do Sul (148 km de Porto Alegre). Eles estavam reunidos para protestar contra o preço que as empresas fumageiras querem pagar aos produtores de fumo.
De acordo com o coronel Ilson Pinto de Oliveira, do Comando Regional do Vale do Rio Pardo, cerca de 600 agricultores, armados com porretes, tentaram invadir a sede da Universal Leaf Tabacos. "Como eles já haviam feito invasões na última reunião que fizeram, em novembro, a Justiça expediu um interdito proibitório [ordem judicial proibindo as invasões e autorizando desocupação imediata]. Por prevenção, mobilizamos o efetivo, e não deu outra. Quando os agricultores chegaram, nós já estávamos lá." Eram cerca de 80 policiais.
Segundo ele, os agricultores derrubaram a cerca da empresa e avançaram em direção à barreira humana de policiais. Cerca de 20 agricultores e quatro policiais ficaram feridos com lesões leves. "Isso é uma coisa normal em operações com o uso da força. Nós apreendemos cerca de 40 porretes que eles arremessaram contra os policiais", afirmou o coronel.
"Foi uma atitude covarde por parte do governo do Estado, que colocou aparato policial em operação de guerra para perseguir agricultores se deslocando para negociar o preço do fumo. Fomos perseguidos desde os nossos municípios, nossos ônibus foram parados e revistados. Nós só queríamos negociar com o Sindifumo [Sindicato da Indústria do Fumo], fomos para conversar com os diretores da empresa", disse Áureo Paulo Scherer, da direção nacional do MPA.
Segundo ele, o grupo era formado por mil agricultores, vindos de 130 municípios. Eles querem R$ 137 pela arroba do fumo, e as empresas querem pagar R$ 73,95.
"Se não houver acordo, vamos reunir um contingente muito maior de camponeses, não só mil pessoas, e vai haver uma rebelião", afirmou Scherer.
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