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23/01/2004
-
20h30
JAIRO MARQUES
da Agência Folha, em Florianópolis
Enquanto em Brasília o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciava mais poderes para o PMDB em seu governo, em Santa Catarina eram os peemedebistas quem davam a vez ao PT. Em uma cerimônia com honras militares e civis, o governador Luiz Henrique da Silveira (PMDB) passou o cargo interinamente para o petista Volnei Morastoni, 52, presidente da Assembléia Legislativa do Estado e candidato declarado à Prefeitura de Itajaí.
Como Luiz Henrique vai fazer um curso intensivo de inglês em Nova York, nos EUA, e seu vice, Eduardo Pinho, está em missão na Europa, o PT assumiu pela primeira em sua história o cargo de governador catarinense e resolveu festejar. O ato de transmissão interina de cargo, que normalmente não passa de uma formalidade, contou com a presença do presidente do PT, José Genoino, do ministro da Pesca, José Fristch, como representante do presidente Lula, de deputados federais, de senadores e de um auditório lotado com cerca de 700 pessoas.
A cerimônia teve corais de música, sanfoneiros, banda e tropa militares, além de toda a pompa de uma legítima posse de governador de Estado.
Durante as formalidades, que duraram cerca de duas horas e meia, Luiz Henrique teve de encarar um protesto inusitado. Policiais militares e bombeiros empunharam durante toda a posse uma faixa cobrando melhoria salarial para as duas categorias. Escrita em inglês, os dizeres afirmavam que os profissionais esperam há 13 meses (tempo de governo do peemedebista), pelo cumprimento das promessas de justiça salarial no Estado.
"Escrevemos em inglês para ver se agora ele entende", afirmou um dos manifestantes, que não quis se identificar. O governador pretende estudar oito horas diárias de inglês durante um mês.
Com a posse de Morastoni em Santa Catarina, pelos próximos 13 dias, o PT passa a dirigir cinco Estados do país: Acre, com Jorge Viana, Mato Grosso do Sul, com Zeca do PT, Piauí, com Wellington Dias, e Roraima, com Flamarion Portela, que pediu afastamento no mês passado, mas ainda integra o quadro do partido.
Em seu discurso, emocionado, Morastoni aproveitou para lembrar sua cidade de origem, Itajaí, onde é candidato a prefeito. "Nesses 13 dias, teremos muitas atividades, diversas reuniões em todo o Estado e teremos um olhar muito especial para a minha querida cidade, Itajaí."
O presidente Genoino defendeu a importância do ato petista em Florianópolis dizendo que ele faz parte da consolidação da democracia. "Santa Catarina hoje faz uma sintonia de um ciclo muito forte em que há um encontro institucional e respeitoso do procedimento democrático. Agradeço ao governador de Santa Catarina, Luiz Henrique, de maneira emocionada, em nome do Partido dos Trabalhadores, essa atitude política, essa atitude de estadista, essa atitude institucional", disse.
Genoino afirmou ainda que o PT, "militantemente", agradecerá "em gestos e atitudes" o fato político gerado pelo governador catarinense, que sofre resistência de parte da bancada petista na Assembléia Legislativa.
PT assume o quinto Estado da federação
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da Agência Folha, em Florianópolis
Enquanto em Brasília o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciava mais poderes para o PMDB em seu governo, em Santa Catarina eram os peemedebistas quem davam a vez ao PT. Em uma cerimônia com honras militares e civis, o governador Luiz Henrique da Silveira (PMDB) passou o cargo interinamente para o petista Volnei Morastoni, 52, presidente da Assembléia Legislativa do Estado e candidato declarado à Prefeitura de Itajaí.
Como Luiz Henrique vai fazer um curso intensivo de inglês em Nova York, nos EUA, e seu vice, Eduardo Pinho, está em missão na Europa, o PT assumiu pela primeira em sua história o cargo de governador catarinense e resolveu festejar. O ato de transmissão interina de cargo, que normalmente não passa de uma formalidade, contou com a presença do presidente do PT, José Genoino, do ministro da Pesca, José Fristch, como representante do presidente Lula, de deputados federais, de senadores e de um auditório lotado com cerca de 700 pessoas.
A cerimônia teve corais de música, sanfoneiros, banda e tropa militares, além de toda a pompa de uma legítima posse de governador de Estado.
Durante as formalidades, que duraram cerca de duas horas e meia, Luiz Henrique teve de encarar um protesto inusitado. Policiais militares e bombeiros empunharam durante toda a posse uma faixa cobrando melhoria salarial para as duas categorias. Escrita em inglês, os dizeres afirmavam que os profissionais esperam há 13 meses (tempo de governo do peemedebista), pelo cumprimento das promessas de justiça salarial no Estado.
"Escrevemos em inglês para ver se agora ele entende", afirmou um dos manifestantes, que não quis se identificar. O governador pretende estudar oito horas diárias de inglês durante um mês.
Com a posse de Morastoni em Santa Catarina, pelos próximos 13 dias, o PT passa a dirigir cinco Estados do país: Acre, com Jorge Viana, Mato Grosso do Sul, com Zeca do PT, Piauí, com Wellington Dias, e Roraima, com Flamarion Portela, que pediu afastamento no mês passado, mas ainda integra o quadro do partido.
Em seu discurso, emocionado, Morastoni aproveitou para lembrar sua cidade de origem, Itajaí, onde é candidato a prefeito. "Nesses 13 dias, teremos muitas atividades, diversas reuniões em todo o Estado e teremos um olhar muito especial para a minha querida cidade, Itajaí."
O presidente Genoino defendeu a importância do ato petista em Florianópolis dizendo que ele faz parte da consolidação da democracia. "Santa Catarina hoje faz uma sintonia de um ciclo muito forte em que há um encontro institucional e respeitoso do procedimento democrático. Agradeço ao governador de Santa Catarina, Luiz Henrique, de maneira emocionada, em nome do Partido dos Trabalhadores, essa atitude política, essa atitude de estadista, essa atitude institucional", disse.
Genoino afirmou ainda que o PT, "militantemente", agradecerá "em gestos e atitudes" o fato político gerado pelo governador catarinense, que sofre resistência de parte da bancada petista na Assembléia Legislativa.
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