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28/01/2004 - 08h12

Agente da Polícia Federal nega ter fraudado o Imposto de Renda

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da Folha de S.Paulo

O agente da Polícia Federal César Herman Rodriguez disse ontem ao Tribunal Regional Federal que não forjou um empréstimo de R$ 48 mil para o juiz João Carlos da Rocha Mattos justificar ganhos supostamente ilícitos para o Imposto de Renda, como aponta o Ministério Público Federal.

Segundo ele, o empréstimo existiu de fato. O telefonema gravado pela Polícia Federal, em que Rocha Mattos parece combinar o empréstimo, mostra o agente e o juiz definindo como seria a declaração do valor à Receita, segundo Hermínio Marques Porto Jr., advogado do agente.

A PF suspeita que o empréstimo foi forjado porque o juiz começa o telefonema falando em R$ 50 mil, considera o valor suspeito e acerta finalmente em R$ 48 mil. "Ficou confusa a conversa porque havia várias dívidas entre eles, e o João estava eufórico", alega Porto Jr.

Rodriguez confirmou à desembargadora Therezinha Cazerta que retirou armas do apartamento em que o juiz vivia com Norma Regina Emílio Cunha porque ela teria ameaçado o ex-marido. Disse, porém, que não sabia que entre elas havia armas apreendidas em processos criminais.

O agente da PF afirmou que não pode ser acusado de escuta ilegal porque não chegou a realizar o grampo pedido pelo juiz federal Casem Mazloum. O juiz queria que Rodriguez grampeasse a mulher de um político.

Ele disse à desembargadora que só advogou para Sérgio Chiamarelli Jr. --ex-diretor da corretora Split, acusado de envolvimento com emissão fraudulenta de títulos da dívida da Prefeitura de São Paulo-- na época em que esteve afastado da PF, entre 1990 e 1999.

O agente refutou a interpretação da PF e do Ministério Público de que o "Jota" citado numa conversa seria o juiz João Carlos da Rocha Mattos, a quem teria sido mostrada a defesa de Chiamarelli Jr.. Segundo Rodriguez, "Jota" é o advogado José Roberto Batochio, que atuou na defesa de Chiamarelli Jr. no processo criminal.
 

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