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30/01/2004
-
21h00
DAYANNE MIKEVIS
da Agência Folha
O presidente da Associação dos Pequenos Produtores Rurais do Vale do Arari, Ezequiel de Morais Nascimento, 46, morreu após ser atingido por três tiros em torno das 15h30 de quinta-feira, em Redenção (840 quilômetros de Belém, no Pará).
De acordo com a Polícia Civil, dois homens se aproximaram do agricultor com o pretexto de pedir uma informação e, após os disparos, fugiram em uma motocicleta. No momento do crime, Nascimento trabalhava na marcenaria que fica nos fundos da casa onde moram a mulher e seus três filhos.
A associação liderada por Nascimento fica no município de Santa Maria das Barreiras e é ligada ao Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Redenção, que, por sua vez, possui laços com a Fetagri (Federação dos Trabalhadores da Agricultura).
Segundo a CPT (Comissão Pastoral da Terra), Nascimento estava "marcado para morrer". Ainda de acordo com a entidade, ele já havia recebido inúmeras ameaças de morte de grandes proprietários da região por reivindicar a desapropriação de uma fazenda e por denúncias contra práticas de grilagem na região.
Representantes de associações rurais locais, do Sindicato Rural de Redenção e da CPT pretendem encaminhar documentos sobre a situação de violência na região à OEA (Organização dos Estados Americanos), Secretaria Nacional dos Direitos Humanos e ao Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária).
Já o delegado do Departamento de Polícia do Interior da Secretaria da Segurança do Pará, Roberto Teixeira de Almeida, afirmou que uma das possíveis causas do crime foi a divisão de dinheiro de extorsão praticada contra proprietários de terra supostamente encabeçada por Nascimento. Almeida afirmou que algumas fazendas na região são invadidas e, em seguida, exige-se dinheiro para sair da propriedade.
Nascimento permaneceu cerca de um mês na cadeia durante o ano passado. A razão, segundo o delegado, foi o envolvimento com tais práticas e grilagem de terras.
Líder agricultor é morto no Pará
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da Agência Folha
O presidente da Associação dos Pequenos Produtores Rurais do Vale do Arari, Ezequiel de Morais Nascimento, 46, morreu após ser atingido por três tiros em torno das 15h30 de quinta-feira, em Redenção (840 quilômetros de Belém, no Pará).
De acordo com a Polícia Civil, dois homens se aproximaram do agricultor com o pretexto de pedir uma informação e, após os disparos, fugiram em uma motocicleta. No momento do crime, Nascimento trabalhava na marcenaria que fica nos fundos da casa onde moram a mulher e seus três filhos.
A associação liderada por Nascimento fica no município de Santa Maria das Barreiras e é ligada ao Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Redenção, que, por sua vez, possui laços com a Fetagri (Federação dos Trabalhadores da Agricultura).
Segundo a CPT (Comissão Pastoral da Terra), Nascimento estava "marcado para morrer". Ainda de acordo com a entidade, ele já havia recebido inúmeras ameaças de morte de grandes proprietários da região por reivindicar a desapropriação de uma fazenda e por denúncias contra práticas de grilagem na região.
Representantes de associações rurais locais, do Sindicato Rural de Redenção e da CPT pretendem encaminhar documentos sobre a situação de violência na região à OEA (Organização dos Estados Americanos), Secretaria Nacional dos Direitos Humanos e ao Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária).
Já o delegado do Departamento de Polícia do Interior da Secretaria da Segurança do Pará, Roberto Teixeira de Almeida, afirmou que uma das possíveis causas do crime foi a divisão de dinheiro de extorsão praticada contra proprietários de terra supostamente encabeçada por Nascimento. Almeida afirmou que algumas fazendas na região são invadidas e, em seguida, exige-se dinheiro para sair da propriedade.
Nascimento permaneceu cerca de um mês na cadeia durante o ano passado. A razão, segundo o delegado, foi o envolvimento com tais práticas e grilagem de terras.
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