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PDT gaúcho libera deputados de assinarem requerimento em favor de CPI contra Yeda
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GRACILIANO ROCHA
da Agência Folha, em Porto Alegre
O PDT gaúcho liberou nesta segunda-feira três de seus seis deputados estaduais de assinarem o requerimento de criação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar supostos atos de corrupção no governo Yeda Crusius (PSDB-RS).
Com isso tornou-se mais remota a abertura da investigação, pois a oposição à tucana conseguiu captar 17 das 19 assinaturas necessárias ao requerimento da CPI. Há três deputados pedetistas a favor da CPI, que já assinaram o requerimento, e outros três contrários.
Por 79 votos a 43, o diretório estadual do PDT, que faz oposição a Yeda, decidiu recomendar, e não determinar, que os deputados assinem o requerimento. A recomendação não os obriga a assinar. Após a reunião, deputados disseram que não veem motivos para abrir a CPI.
"A decisão do partido [de não obrigar a assinar] é correta. Houve bom senso. Por enquanto não há fatos novos que justifiquem a abertura da CPI", disse Kalil Sehbe.
Outro pedetista, o deputado Gerson Burman, disse que só assina o requerimento se investigações da Polícia Federal ou do Ministério Público Federal apresentarem indícios de corrupção no governo. Na reunião, o partido também expressou sua posição oficial de apoio à comissão.
Proposta pelo PT, a CPI teria seu foco na investigação do suposto uso de recursos de caixa dois para a compra da casa onde mora a governadora. Yeda nega as irregularidades e afirma que já foi inocentada pelo Ministério Público gaúcho.
O racha no PDT foi estimulado pelo governo através dos prefeitos, que pediram à bancada estadual que não ajudasse a criar a CPI, pois temem a paralisação de obras com o início das investigações. A legenda administra 65 dos 496 municípios gaúchos.
No início deste mês, o presidente licenciado do diretório nacional, o ministro Carlos Lupi (Trabalho), foi a Porto Alegre para pedir que os deputados aderissem à investigação, mas não foi atendido.
O argumento dos pedetistas favoráveis à CPI é que a opinião pública quer a investigação sobre o governo. Pesquisa Datafolha publicada no dia 3 de junho revelou que 57% dos gaúchos acreditam que há corrupção no governo Yeda.
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