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20/02/2004 - 07h40

Viegas leva família ao Pantanal em avião da FAB

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WILSON SILVEIRA
da Folha de S.Paulo, em Brasília

O ministro da Defesa, José Viegas, desembarcou ontem às 15h na Base Aérea de Campo Grande (MS) acompanhado da mulher, Erika, e de duas filhas pequenas. Convidado pelo governador Zeca do PT para visitar o Estado, Viegas levou a família em um avião da Força Aérea Brasileira para passar o Carnaval no Pantanal.

A Comissão de Ética Pública, ligada à Presidência da República, informou que não há orientação no Código de Ética dos servidores federais sobre o uso de aviões oficiais por parentes de ministros. Segundo a comissão, a utilização desses aviões fica a critério da FAB --subordinada a Viegas.

O retorno do ministro está previsto para Quarta-Feira de Cinzas, também em avião da FAB. A agenda oficial do ministro inclui visita à 18ª Brigada de Infantaria Motorizada, em Corumbá (a 400 km de Campo Grande), e ao Forte Coimbra, às margens do rio Paraguai --um ponto turístico relacionado à guerra do Paraguai.

O vôo da família de Viegas em um avião da FAB não é o primeiro a provocar polêmica no governo Lula. Antes, a ex-ministra Benedita da Silva (Promoção Social) viajou à Argentina, com passagens pagas pelo governo, para participar de um evento religioso, além de cumprir programação oficial.

No governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), nove ministros e o ex-procurador-geral da República Geraldo Brindeiro foram processados sob a acusação de improbidade administrativa por uso de jatinhos da FAB em viagens de lazer para Fernando de Noronha. Em alguns casos, a hospedagem também era paga pela Aeronáutica. O principal crítico dessa prática era o hoje líder do PT na Câmara, Arlindo Chinaglia (SP), que chegou a encaminhar ação popular contra os acusados.

Os ex-ministros Clóvis Carvalho (Casa Civil) e Raul Jungmann (Política Fundiária) viajaram, cada um, quatro vezes para Fernando de Noronha em aeronaves da FAB. Em 2001, o ex-ministro da Ciência e Tecnologia Ronaldo Sardenberg foi condenado por uso de aviões oficiais em seis viagens de turismo entre 1996 e 1998. O Supremo Tribunal Federal suspendeu a sentença, que incluía perda do cargo, suspensão dos direitos políticos e pagamento de multa de R$ 20 mil. O caso ainda não foi julgado definitivamente.

Em 2002, Luciana Cardoso, secretária particular e filha de Fernando Henrique Cardoso, utilizou um avião da FAB para ir até a fazenda de propriedade do ex-presidente, em Buritis (MG).
 

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