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21/02/2004 - 08h26

Empresa confirma contato com Waldomiro

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da Folha de S.Paulo, em Brasília

A GTech divulgou nota ontem confirmando que teve contatos com o ex-assessor da Presidência Waldomiro Diniz já no governo Luiz Inácio Lula da Silva, no início de 2003. Os contatos, diz a nota, foram a convite de Waldomiro e tratavam da renovação do contrato que a empresa tem com a Caixa Econômica Federal para o gerenciamento das loterias federais.

A Folha havia noticiado na quinta-feira que houve ao menos cinco encontros entre Waldomiro e executivos da GTech. Num deles, segundo o Ministério Público Federal, estava presente o empresário do bingo Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.

A crise política atual decorre da divulgação de um vídeo, de 2002, no qual o ex-assessor pede a Cachoeira dinheiro para si e para campanhas eleitorais. Waldomiro então presidia a Loterj (Loteria do Estado do Rio de Janeiro).

Segundo a GTech, Waldomiro a convidou "para esclarecer a nova equipe de governo sobre a posição da empresa diante de divergências contratuais com a Caixa Econômica Federal". "Nos contatos subseqüentes, a empresa considerou ser de seu melhor interesse encerrar o diálogo", diz a nota.

A versão da GTech contradiz a que Waldomiro deu em entrevista publicada ontem pela revista "Época". Nela, ele admite dois encontros com a empresa, alegando ter sido convidado por Cachoeira para um deles, e diz que o assunto foi uma proposta de parceria do empresário com a multinacional.

Na nota, a GTech diz que tinha "difícil relacionamento com a Caixa", tanto que houve disputas judiciais.

"Desde a mudança do governo, a GTech tem mantido com a nova direção da Caixa um relacionamento positivo (...). Negociações entre as partes resultaram em prorrogação contratual (...)." Segundo a empresa, o novo contrato teve redução de 15% no preço dos serviços, com economia de R$ 100 milhões para a CEF.

Quebra de sigilo

A Polícia Federal pediu ontem à Justiça Federal no Rio a quebra de sigilos bancário, fiscal e telefônico dos envolvidos no inquérito que apura as suspeitas de crime eleitoral e corrupção relacionadas a Waldomiro. A PF não informou se políticos citados no vídeo contra o ex-assessor foram incluídos.
 

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