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27/02/2004
-
19h59
da Folha Online
Na primeira vez em que assumiu interinamente a Presidência da República, o presidente da Câmara, deputado João Paulo Cunha (PT-SP), encerrou cedo o expediente nesta sexta-feira, por volta das 16h, para gravar um programa de TV.
Hoje, João Paulo recebeu o chamado "núcleo duro" do governo, os ministro José Dirceu (Casa Civil), Luiz Gushiken (Comunicação de Governo), Luiz Dulci (Secretaria-Geral da Presidência), Antonio Palocci (Fazenda), Aldo Rebelo (Coordenação Política) e Jaques Wagner (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social), além do presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Mattoso, e de líderes da base aliada na Câmara.
Com a viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para Venezuela --onde participa da reunião do G15, grupo que reúne 19 países em desenvolvimento- e a licença médica do vice, José Alencar, que se recupera em São Paulo de uma cirurgia para a extração da vesícula e de uma pneumonia, o presidência da Câmara assumiu interinamente a Presidência.
Lula decidiu antecipar a sua volta ao Brasil para esta sexta-feira à noite, e não mais amanhã, como estava previsto. A decisão, segundo o Planalto, seria a intenção de Lula de visitar Alencar neste sábado.
Biografia
João Paulo Cunha, 45, é um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores. Construiu sua carreira política a partir de Osasco, onde foi eleito vereador pela primeira vez em 1982.
Em 1995, tornou-se presidente estadual do PT e foi eleito pela primeira vez para a Câmara dos Deputados. No ano seguinte, foi derrotado na eleição para a prefeitura da cidade.
Beneficiado pelo fato de petistas como José Dirceu e José Genoino estarem fora do Legislativo, João Paulo assumiu, no começo de 2003, a presidência da Câmara.
Ele se destacou e ganhou pontos com o presidente Lula na aprovação das reformas tributária e da Previdência. Por outro lado, desentendeu-se com o Planalto por causa da convocação extraordinária do Congresso pelo Executivo.
O presidente da Câmara chegou a dizer que a convocação era "um escândalo", e, durante os trabalhos em janeiro, se negou a incluir assuntos de interesse do governo na pauta da Casa.
Nascido em Caraguatatuba, litoral norte de São Paulo, o deputado é casado e tem uma filha.
No começo de 2003, pouco depois de ter sido eleito presidente da Câmara, a Folha revelou que havia uma investigação da Polícia Federal, motivada por denúncia ocorrida em 2000, de que ele teria assinado a lista de presença na faculdade de direito que cursava em dias e horários em que também registrou presença na Câmara dos Deputados, em 1999 e 2000.
À época, João Paulo alegou que tinha "trocado" suas presenças em aula por trabalhos. O processo foi arquivado pelo então procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro.
Na Presidência, João Paulo encerra expediente mais cedo
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Na primeira vez em que assumiu interinamente a Presidência da República, o presidente da Câmara, deputado João Paulo Cunha (PT-SP), encerrou cedo o expediente nesta sexta-feira, por volta das 16h, para gravar um programa de TV.
Hoje, João Paulo recebeu o chamado "núcleo duro" do governo, os ministro José Dirceu (Casa Civil), Luiz Gushiken (Comunicação de Governo), Luiz Dulci (Secretaria-Geral da Presidência), Antonio Palocci (Fazenda), Aldo Rebelo (Coordenação Política) e Jaques Wagner (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social), além do presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Mattoso, e de líderes da base aliada na Câmara.
Com a viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para Venezuela --onde participa da reunião do G15, grupo que reúne 19 países em desenvolvimento- e a licença médica do vice, José Alencar, que se recupera em São Paulo de uma cirurgia para a extração da vesícula e de uma pneumonia, o presidência da Câmara assumiu interinamente a Presidência.
Lula decidiu antecipar a sua volta ao Brasil para esta sexta-feira à noite, e não mais amanhã, como estava previsto. A decisão, segundo o Planalto, seria a intenção de Lula de visitar Alencar neste sábado.
Biografia
João Paulo Cunha, 45, é um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores. Construiu sua carreira política a partir de Osasco, onde foi eleito vereador pela primeira vez em 1982.
Em 1995, tornou-se presidente estadual do PT e foi eleito pela primeira vez para a Câmara dos Deputados. No ano seguinte, foi derrotado na eleição para a prefeitura da cidade.
Beneficiado pelo fato de petistas como José Dirceu e José Genoino estarem fora do Legislativo, João Paulo assumiu, no começo de 2003, a presidência da Câmara.
Ele se destacou e ganhou pontos com o presidente Lula na aprovação das reformas tributária e da Previdência. Por outro lado, desentendeu-se com o Planalto por causa da convocação extraordinária do Congresso pelo Executivo.
O presidente da Câmara chegou a dizer que a convocação era "um escândalo", e, durante os trabalhos em janeiro, se negou a incluir assuntos de interesse do governo na pauta da Casa.
Nascido em Caraguatatuba, litoral norte de São Paulo, o deputado é casado e tem uma filha.
No começo de 2003, pouco depois de ter sido eleito presidente da Câmara, a Folha revelou que havia uma investigação da Polícia Federal, motivada por denúncia ocorrida em 2000, de que ele teria assinado a lista de presença na faculdade de direito que cursava em dias e horários em que também registrou presença na Câmara dos Deputados, em 1999 e 2000.
À época, João Paulo alegou que tinha "trocado" suas presenças em aula por trabalhos. O processo foi arquivado pelo então procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro.
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