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28/02/2004
-
06h26
da Folha de S.Paulo, em Brasília
Nove ministros e líderes partidários que se reuniram anteontem em jantar de desagravo ao ministro José Dirceu (Casa Civil) discutiram qual seria o efeito para o governo no caso de Waldomiro Diniz "resolver falar besteira". Segundo relato dos presentes à Folha, alguns ministros disseram ter informações de que o ex-assessor de Dirceu não atacará nem o governo, nem seu ex-chefe.
A questão sobre o que dirá Waldomiro, cujo depoimento à Polícia Federal está previsto para terça, foi levantada numa roda de conversa. Dirceu, que só chegou ao jantar às 23h50 de anteontem, não estava presente nessa hora.
Alguns dos nove ministros que foram ao jantar também manifestaram temor de o caso Waldomiro contaminar a economia. Àquela altura, já sabiam que ontem o governo receberia notícia muito ruim: a retração de 0,2% do PIB (Produto Interno Bruto) de 2003, o primeiro ano do governo Lula.
Dos nove ministros presentes, cinco foram em carros oficiais dos ministérios --Patrus Ananias (Desenvolvimento Social), Eduardo Campos (Ciência e Tecnologia), Álvaro Ribeiro Costa (Advocacia Geral da União), José Fritsch (Pesca), e Agnelo Queiroz (Esporte). Apenas Aldo Rebelo (Coordenação Política) chegou em seu carro particular. Lando, vizinho de Eunício, foi a pé.
Dirceu chegou no carro da Presidência, acompanhado do presidente da Câmara, João Paulo Cunha (PT-SP), que ocupava interinamente a Presidência da República. Dirceu se atrasou porque chegou tarde da viagem que fez a Belém na comitiva do presidente.
De acordo com o Conselho de Ética da Presidência, o uso de carros oficiais é vetado aos ministros só em eventos político-eleitorais.
Não houve discursos, mas apenas conversas informais. Patrus estava feliz por ter obtido de Palocci a promessa de que terá recursos para cumprir a antecipação da meta do Bolsa-Família. Anteontem, o governo decidiu tentar cumprir até o final de julho a meta prevista para este ano: incluir 901 mil famílias no programa. Assim, o Bolsa-Família passaria das atuais 3,6 milhões para 4,5 milhões de famílias atendidas.
Eunício brincou com o colega do Desenvolvimento Social: "O Patrus fica contando vantagem e a gente fica contando miséria".
Dirceu, ainda de acordo com convidados, aparentava mais ânimo do que em encontros anteriores. "Falar que ele está comemorando a fase que ele está passando é um exagero, mas o clima era bem mais ameno do que há alguns dias", disse Arlindo Chinaglia (SP), líder do PT na Câmara.
No cardápio, paella. De bebida, vinho tinto, cerveja, uísque, refrigerantes e sucos. João Paulo deixou o jantar por volta da 1h45 de ontem. Dirceu, acompanhado da mulher, Maria Rita, saiu por volta de 2h30, perto do fim do evento.
Para ministros, Waldomiro não irá comprometer Dirceu em depoimento
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Nove ministros e líderes partidários que se reuniram anteontem em jantar de desagravo ao ministro José Dirceu (Casa Civil) discutiram qual seria o efeito para o governo no caso de Waldomiro Diniz "resolver falar besteira". Segundo relato dos presentes à Folha, alguns ministros disseram ter informações de que o ex-assessor de Dirceu não atacará nem o governo, nem seu ex-chefe.
A questão sobre o que dirá Waldomiro, cujo depoimento à Polícia Federal está previsto para terça, foi levantada numa roda de conversa. Dirceu, que só chegou ao jantar às 23h50 de anteontem, não estava presente nessa hora.
Alguns dos nove ministros que foram ao jantar também manifestaram temor de o caso Waldomiro contaminar a economia. Àquela altura, já sabiam que ontem o governo receberia notícia muito ruim: a retração de 0,2% do PIB (Produto Interno Bruto) de 2003, o primeiro ano do governo Lula.
Dos nove ministros presentes, cinco foram em carros oficiais dos ministérios --Patrus Ananias (Desenvolvimento Social), Eduardo Campos (Ciência e Tecnologia), Álvaro Ribeiro Costa (Advocacia Geral da União), José Fritsch (Pesca), e Agnelo Queiroz (Esporte). Apenas Aldo Rebelo (Coordenação Política) chegou em seu carro particular. Lando, vizinho de Eunício, foi a pé.
Dirceu chegou no carro da Presidência, acompanhado do presidente da Câmara, João Paulo Cunha (PT-SP), que ocupava interinamente a Presidência da República. Dirceu se atrasou porque chegou tarde da viagem que fez a Belém na comitiva do presidente.
De acordo com o Conselho de Ética da Presidência, o uso de carros oficiais é vetado aos ministros só em eventos político-eleitorais.
Não houve discursos, mas apenas conversas informais. Patrus estava feliz por ter obtido de Palocci a promessa de que terá recursos para cumprir a antecipação da meta do Bolsa-Família. Anteontem, o governo decidiu tentar cumprir até o final de julho a meta prevista para este ano: incluir 901 mil famílias no programa. Assim, o Bolsa-Família passaria das atuais 3,6 milhões para 4,5 milhões de famílias atendidas.
Eunício brincou com o colega do Desenvolvimento Social: "O Patrus fica contando vantagem e a gente fica contando miséria".
Dirceu, ainda de acordo com convidados, aparentava mais ânimo do que em encontros anteriores. "Falar que ele está comemorando a fase que ele está passando é um exagero, mas o clima era bem mais ameno do que há alguns dias", disse Arlindo Chinaglia (SP), líder do PT na Câmara.
No cardápio, paella. De bebida, vinho tinto, cerveja, uísque, refrigerantes e sucos. João Paulo deixou o jantar por volta da 1h45 de ontem. Dirceu, acompanhado da mulher, Maria Rita, saiu por volta de 2h30, perto do fim do evento.
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