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07/09/2000 - 03h20

"Grito" da CNBB tenta atingir 3 mil cidades

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DULCE BENIGNA ALVARENGA, da Folha de S.Paulo

Com o "Grito dos Excluídos", a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) encerra hoje, nos festejos de Sete de Setembro, o plebiscito da dívida externa.

A manifestação, que é organizada pela entidade desde 1995, deverá acontecer em cerca de 3.000 municípios em todo o país, superando a expectativa da coordenação. No ano passado, o protesto ocorreu em 1.200 municípios.

A explicação, segundo o padre Luis Basségio, da coordenação nacional do "Grito dos Excluídos", é a mobilização de entidades, como centrais sindicais, o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) , a Central de Movimentos Populares e partidos políticos.

O tema da manifestação deste ano será "Progresso e Vida. Pátria sem Dívida". Segundo a CNBB, devem ocorrer mais de mil manifestações em todos os Estados.

Em São Paulo, a manifestação acontecerá em frente ao Museu do Ipiranga a partir das 10h. Estão confirmadas as presenças de Frei Beto e João Pedro Stedile, segundo a coordenação do evento.

Em Aparecida, a Basílica do Santuário Nacional de Nossa Senhora da Conceição Aparecida (170 km de São Paulo) espera receber hoje 70 mil fiéis. Cerca de 30 urnas vão estar espalhadas pela área da basílica.
Durante a missa, o cardeal d. Aloísio Lorscheider irá falar sobre a exclusão e defender o plebiscito.

""Não entendo bem a ojeriza que alguns grupos têm quanto ao plebiscito. Por que o povo não pode se manifestar livremente? Há pessoas que não confiam no povo."

Para a CNBB, a participação no plebiscito sobre a dívida externa deva aumentar durante as manifestações do "Grito dos Excluídos". A entidade avalia que a adesão da população e das entidades superou a expectativa da coordenação do plebiscito.

"A gente acha que tocou num ponto sensível da população que é a questão das dívidas sociais como consequência da dívida externa. A população sente na carne os efeitos da dívida externa. Por causa disso ela se manifestou", afirma o padre Jaime Gonçalves.

A CNBB espera que 1 milhão de pessoas votem e decidam se apóiam ou não uma auditoria sobre a dívida externa brasileira. Em todo o país, 3.000 municípios participam da consulta. Foram distribuídas 50 mil urnas e mais de 100 mil voluntários estão trabalhando desde o dia 2 de setembro.

O resultado será apresentado no próximo dia 13 na Câmara dos Deputados, mas a própria CNBB admite que o plebiscito não terá consequência "prática".

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