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08/03/2004
-
21h30
CRISTIANO MACHADO
Free-lance para a Agência Folha, em Presidente Prudente
No Dia Internacional da Mulher, cerca de 450 agricultoras ligadas ao MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) marcharam 4 km e acamparam no pátio da Fundação Itesp (Instituto de Terras do Estado de São Paulo), em Presidente Prudente (565 km a oeste de SP), no Pontal do Paranapanema.
Elas queriam entregar uma pauta de reivindicações ao diretor-executivo do órgão, Jonas Villas Bôas. Apesar de estar na região, o diretor disse que só poderá atendê-las hoje.
As principais reivindicações ao governo do Estado, segundo a coordenadora regional do MST Tatiana Oliveira, que liderou a manifestação, são a rapidez na arrecadação de terras para reforma agrária, o assentamento dos cerca de 3.000 acampados da região e melhorias na infra-estrutura dos assentamentos já existentes.
"É preciso avançar na reforma agrária em São Paulo. Em 2003 nenhum assentamento foi feito no Pontal, e o governo tem verba, mas não usa", disse.
O diretor do Itesp culpou o Judiciário pela demora na arrecadação. "Enquanto o Poder Judiciário não julgar as ações discriminatórias [de arrecadação de terras devolutas] não podemos arrecadar as áreas", disse.
BA e AL
Na Bahia, o MST comemorou o Dia Internacional da Mulher com um acampamento formado exclusivamente por mulheres.
No acampamento, localizado a 25 km do centro de Salvador, 1.200 mulheres participaram de palestras, debates e seminários comemorativos à passagem da data.
Uma das palestrantes foi Diolinda Alves, casada com José Rainha Júnior, um dos líderes do movimento no Pontal do Paranapanema (SP). Em sua exposição, ela defendeu uma maior participação feminina nas lutas sociais no campo e disse que é contra o plantio de alimentos transgênicos.
"Sou naturalista e defendo os produtos nacionais. Acho que o Brasil deve plantar novamente o milho crioulo, o feijão natural, enfim, alimentos sem agrotóxicos."
No final da manhã, cerca de 3.000 integrantes do MST, que estavam acampados na região metropolitana de Salvador, invadiram a sede da Coordenação de Desenvolvimento Agrário, no centro da cidade. Antes da invasão, os sem-terra fizeram uma passeata por ruas do centro. Eles reivindicam maior rapidez na reforma agrária, escolas em todos os assentamentos e assistência à saúde.
Em Maceió, cerca de 200 pessoas, entre elas trabalhadoras rurais ligadas a movimentos de luta pela terra, fizeram hoje pela manhã de uma passeata pelas ruas do centro da cidade em comemoração à data.
A manifestação foi organizada por Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Alagoas, CUT (Central Única dos Trabalhadores), MST, MTL (Movimento Terra, Trabalho e Liberdade) e associações de mulheres. A caminhada pedia o aumento do salário mínimo e foi acompanhada pela música "Abre Alas", da compositora Chiquinha Gonzaga.
Colaboraram SÍLVIA FREIRE, da Agência Folha, e LUIZ FRANCISCO, da Agência Folha, em Salvador
MST faz manifestações no Dia Internacional da Mulher
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Free-lance para a Agência Folha, em Presidente Prudente
No Dia Internacional da Mulher, cerca de 450 agricultoras ligadas ao MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) marcharam 4 km e acamparam no pátio da Fundação Itesp (Instituto de Terras do Estado de São Paulo), em Presidente Prudente (565 km a oeste de SP), no Pontal do Paranapanema.
Elas queriam entregar uma pauta de reivindicações ao diretor-executivo do órgão, Jonas Villas Bôas. Apesar de estar na região, o diretor disse que só poderá atendê-las hoje.
As principais reivindicações ao governo do Estado, segundo a coordenadora regional do MST Tatiana Oliveira, que liderou a manifestação, são a rapidez na arrecadação de terras para reforma agrária, o assentamento dos cerca de 3.000 acampados da região e melhorias na infra-estrutura dos assentamentos já existentes.
"É preciso avançar na reforma agrária em São Paulo. Em 2003 nenhum assentamento foi feito no Pontal, e o governo tem verba, mas não usa", disse.
O diretor do Itesp culpou o Judiciário pela demora na arrecadação. "Enquanto o Poder Judiciário não julgar as ações discriminatórias [de arrecadação de terras devolutas] não podemos arrecadar as áreas", disse.
BA e AL
Na Bahia, o MST comemorou o Dia Internacional da Mulher com um acampamento formado exclusivamente por mulheres.
No acampamento, localizado a 25 km do centro de Salvador, 1.200 mulheres participaram de palestras, debates e seminários comemorativos à passagem da data.
Uma das palestrantes foi Diolinda Alves, casada com José Rainha Júnior, um dos líderes do movimento no Pontal do Paranapanema (SP). Em sua exposição, ela defendeu uma maior participação feminina nas lutas sociais no campo e disse que é contra o plantio de alimentos transgênicos.
"Sou naturalista e defendo os produtos nacionais. Acho que o Brasil deve plantar novamente o milho crioulo, o feijão natural, enfim, alimentos sem agrotóxicos."
No final da manhã, cerca de 3.000 integrantes do MST, que estavam acampados na região metropolitana de Salvador, invadiram a sede da Coordenação de Desenvolvimento Agrário, no centro da cidade. Antes da invasão, os sem-terra fizeram uma passeata por ruas do centro. Eles reivindicam maior rapidez na reforma agrária, escolas em todos os assentamentos e assistência à saúde.
Em Maceió, cerca de 200 pessoas, entre elas trabalhadoras rurais ligadas a movimentos de luta pela terra, fizeram hoje pela manhã de uma passeata pelas ruas do centro da cidade em comemoração à data.
A manifestação foi organizada por Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Alagoas, CUT (Central Única dos Trabalhadores), MST, MTL (Movimento Terra, Trabalho e Liberdade) e associações de mulheres. A caminhada pedia o aumento do salário mínimo e foi acompanhada pela música "Abre Alas", da compositora Chiquinha Gonzaga.
Colaboraram SÍLVIA FREIRE, da Agência Folha, e LUIZ FRANCISCO, da Agência Folha, em Salvador
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