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14/03/2004
-
08h04
da Folha de S.Paulo, em Brasília
Rogério Tadeu Buratti, que foi secretário de Governo de Ribeirão Preto na primeira gestão do hoje ministro Antonio Palocci Filho (Fazenda), é ligado a duas empresas --é sócio de uma e diretor de outra- que têm contratos com prefeituras petistas.
Segundo Buratti, ele atualmente só é vice-presidente da empresa Leão Ambiental.
O nome de Buratti veio à tona no depoimento à Polícia Federal, anteontem, de dois dirigentes da GTech do Brasil. Os dois disseram que a renovação do contrato da empresa com a Caixa Econômica Federal foi intermediada por Waldomiro Diniz e que a moeda de troca imposta para fechar o negócio teria sido a contratação da empresa de consultoria de Buratti, a Assessorarte, especializada em concursos públicos e reformas administrativas em municípios.
Buratti era considerado o homem forte do primeiro governo Palocci em Ribeirão Preto (1993-1996). Deixou o cargo em outubro de 1994, após suspeitas de distribuição prévia de obras públicas.
Uma fita obtida e divulgada pela Folha na época apontava conversas de Buratti com o engenheiro Antônio Almeida Neto, da construtora Almeida & Filhos, nas quais havia suspeitas de favorecimento. A Câmara e a Promotoria investigaram o caso, mas nada ficou provado contra ele.
Após deixar o governo de Ribeirão, Buratti criou a Assessorarte em sociedade com Luiz Prado, que foi superintendente do IPM (Instituto de Previdência dos Municipiários) na primeira gestão de Palocci e ex-secretário de Administração de Jaboticabal (SP).
Segundo levantamento feito pela Folha em 2002, pelo menos sete prefeituras petistas haviam contratado serviços da Assessorarte.
Buratti também se tornou diretor de um dos grupos empresariais mais poderosos da região, o Leão Leão. O grupo criou, em 97, a empresa Leão Ambiental, que informa, em seu site, "realizar os serviços de coleta de lixo e limpeza urbana nas cidades de Matão, Ribeirão Preto e Araraquara".
Palocci administrou Ribeirão de 1993 a 1996 e de 2001 a 2002, quando renunciou para assumir o Ministério da Fazenda. Matão foi administrada pelo PT de 1997 a 2000. Araraquara elegeu um prefeito petista em 2000.
No ano passado, o STF (Supremo Tribunal Federal) arquivou inquérito em que Palocci era acusado de crime de responsabilidade por ter firmado, em 2001, contrato sem licitação com o Grupo Leão Leão para a coleta de galhos em Ribeirão. A assessoria de Palocci, procurada anteontem, disse que o ministro não tem nenhuma relação com Buratti desde 1994. Ontem, Palocci não quis voltar a comentar o assunto.
Empresário tem contratos com cidades petistas
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Rogério Tadeu Buratti, que foi secretário de Governo de Ribeirão Preto na primeira gestão do hoje ministro Antonio Palocci Filho (Fazenda), é ligado a duas empresas --é sócio de uma e diretor de outra- que têm contratos com prefeituras petistas.
Segundo Buratti, ele atualmente só é vice-presidente da empresa Leão Ambiental.
O nome de Buratti veio à tona no depoimento à Polícia Federal, anteontem, de dois dirigentes da GTech do Brasil. Os dois disseram que a renovação do contrato da empresa com a Caixa Econômica Federal foi intermediada por Waldomiro Diniz e que a moeda de troca imposta para fechar o negócio teria sido a contratação da empresa de consultoria de Buratti, a Assessorarte, especializada em concursos públicos e reformas administrativas em municípios.
Buratti era considerado o homem forte do primeiro governo Palocci em Ribeirão Preto (1993-1996). Deixou o cargo em outubro de 1994, após suspeitas de distribuição prévia de obras públicas.
Uma fita obtida e divulgada pela Folha na época apontava conversas de Buratti com o engenheiro Antônio Almeida Neto, da construtora Almeida & Filhos, nas quais havia suspeitas de favorecimento. A Câmara e a Promotoria investigaram o caso, mas nada ficou provado contra ele.
Após deixar o governo de Ribeirão, Buratti criou a Assessorarte em sociedade com Luiz Prado, que foi superintendente do IPM (Instituto de Previdência dos Municipiários) na primeira gestão de Palocci e ex-secretário de Administração de Jaboticabal (SP).
Segundo levantamento feito pela Folha em 2002, pelo menos sete prefeituras petistas haviam contratado serviços da Assessorarte.
Buratti também se tornou diretor de um dos grupos empresariais mais poderosos da região, o Leão Leão. O grupo criou, em 97, a empresa Leão Ambiental, que informa, em seu site, "realizar os serviços de coleta de lixo e limpeza urbana nas cidades de Matão, Ribeirão Preto e Araraquara".
Palocci administrou Ribeirão de 1993 a 1996 e de 2001 a 2002, quando renunciou para assumir o Ministério da Fazenda. Matão foi administrada pelo PT de 1997 a 2000. Araraquara elegeu um prefeito petista em 2000.
No ano passado, o STF (Supremo Tribunal Federal) arquivou inquérito em que Palocci era acusado de crime de responsabilidade por ter firmado, em 2001, contrato sem licitação com o Grupo Leão Leão para a coleta de galhos em Ribeirão. A assessoria de Palocci, procurada anteontem, disse que o ministro não tem nenhuma relação com Buratti desde 1994. Ontem, Palocci não quis voltar a comentar o assunto.
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