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14/03/2004
-
08h18
ADRIANA MATIUZO
free-lance para a Folha de S.Paulo, em Ribeirão Preto
O ex-secretário de governo da Prefeitura de Ribeirão Preto na primeira gestão de Antonio Palocci (1993-1996) Rogério Tadeu Buratti disse ontem que não conhece Waldomiro Diniz e que apesar de ter tido encontro em março do ano passado com representantes da GTech do Brasil, não aceitou prestar consultoria à empresa porque já estava se dedicando exclusivamente ao Grupo Leão Leão, no qual é vice-presidente executivo há cinco anos da Leão Ambiental, uma das três empresas da "holding".
Dois dirigentes da GTech afirmaram anteontem à Polícia Federal que a renovação do contrato da empresa com a Caixa Econômica Federal foi intermediada pelo ex-subchefe de Assuntos Parlamentares da Presidência Waldomiro Diniz, flagrado pedindo propina a um empresário dos jogos, no Rio. Ele teria exigido em contrapartida a contratação da empresa de consultoria de Buratti, a Assessorarte. "Eu ouvi falar do Waldomiro como qualquer pessoa comum, pelo noticiário."
Buratti, que foi homem forte em Ribeirão do atual ministro da Fazenda, afirmou que a GTech, na época, por meio de um de seus advogados, pediu para ter uma reunião com ele. No encontro, que teria ocorrido num hotel em Brasília, Buratti foi questionado sobre suas condições para ajudá-los junto à CEF como consultor.
Ele afirma ter dito que não era mais sócio da Assessorarte e que, mesmo que fosse, a empresa, que ainda atua em Ribeirão Preto, prestava consultoria apenas na área de concursos públicos.
Ele disse que no encontro não chegou a se falar sobre valores e que pode acionar judicialmente os representantes da GTech que falaram sobre uma suposta oferta de serviço por R$ 16 milhões.
Buratti afirmou que, se for convocado, irá prestar depoimento.
"Acho uma história tão inusitada, que consigo entender pouco o objetivo dela. Me prejudicar é muito pouco, porque eu não represento nada nessa história."
Buratti deixou a Prefeitura de Ribeirão em outubro de 1994, quando foi afastado do cargo por suspeita de direcionamento em licitações de obras.
O Grupo Leão Leão foi o maior financiador da campanha de Palocci na última eleição e mantém hoje contrato com a Prefeitura de Ribeirão.
No ano passado, o STF (Supremo Tribunal Federal) arquivou inquérito em que Palocci era acusado de crime de responsabilidade por ter firmado, em 2001, contrato sem licitação com o grupo Leão Leão para a coleta de galhos em Ribeirão. A assessoria de Palocci, procurada anteontem, disse que o ministro não tem nenhuma relação com Buratti desde 94. Ontem, Palocci não quis voltar a comentar o assunto.
Ex-secretário de Palocci diz que não conhece Waldomiro
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free-lance para a Folha de S.Paulo, em Ribeirão Preto
O ex-secretário de governo da Prefeitura de Ribeirão Preto na primeira gestão de Antonio Palocci (1993-1996) Rogério Tadeu Buratti disse ontem que não conhece Waldomiro Diniz e que apesar de ter tido encontro em março do ano passado com representantes da GTech do Brasil, não aceitou prestar consultoria à empresa porque já estava se dedicando exclusivamente ao Grupo Leão Leão, no qual é vice-presidente executivo há cinco anos da Leão Ambiental, uma das três empresas da "holding".
Dois dirigentes da GTech afirmaram anteontem à Polícia Federal que a renovação do contrato da empresa com a Caixa Econômica Federal foi intermediada pelo ex-subchefe de Assuntos Parlamentares da Presidência Waldomiro Diniz, flagrado pedindo propina a um empresário dos jogos, no Rio. Ele teria exigido em contrapartida a contratação da empresa de consultoria de Buratti, a Assessorarte. "Eu ouvi falar do Waldomiro como qualquer pessoa comum, pelo noticiário."
Buratti, que foi homem forte em Ribeirão do atual ministro da Fazenda, afirmou que a GTech, na época, por meio de um de seus advogados, pediu para ter uma reunião com ele. No encontro, que teria ocorrido num hotel em Brasília, Buratti foi questionado sobre suas condições para ajudá-los junto à CEF como consultor.
Ele afirma ter dito que não era mais sócio da Assessorarte e que, mesmo que fosse, a empresa, que ainda atua em Ribeirão Preto, prestava consultoria apenas na área de concursos públicos.
Ele disse que no encontro não chegou a se falar sobre valores e que pode acionar judicialmente os representantes da GTech que falaram sobre uma suposta oferta de serviço por R$ 16 milhões.
Buratti afirmou que, se for convocado, irá prestar depoimento.
"Acho uma história tão inusitada, que consigo entender pouco o objetivo dela. Me prejudicar é muito pouco, porque eu não represento nada nessa história."
Buratti deixou a Prefeitura de Ribeirão em outubro de 1994, quando foi afastado do cargo por suspeita de direcionamento em licitações de obras.
O Grupo Leão Leão foi o maior financiador da campanha de Palocci na última eleição e mantém hoje contrato com a Prefeitura de Ribeirão.
No ano passado, o STF (Supremo Tribunal Federal) arquivou inquérito em que Palocci era acusado de crime de responsabilidade por ter firmado, em 2001, contrato sem licitação com o grupo Leão Leão para a coleta de galhos em Ribeirão. A assessoria de Palocci, procurada anteontem, disse que o ministro não tem nenhuma relação com Buratti desde 94. Ontem, Palocci não quis voltar a comentar o assunto.
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