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17/03/2004
-
08h07
da Folha de S.Paulo
O ex-secretário de Governo de Ribeirão Preto (SP) Rogério Buratti disse ontem que vai se apresentar à Polícia Federal para depor antes de ser convocado e que abrirá os sigilos bancário, fiscal e telefônico que tiverem relação com o episódio GTech.
A PF da cidade, porém, não tem data prevista para o depoimento, pois ainda não foi informada oficialmente do caso.
Segundo Buratti, vice-presidente-executivo do grupo Leão Leão -maior financiador da campanha de Antonio Palocci Filho à Prefeitura de Ribeirão em 2000-, seu nome está sendo envolvido em um caso que pode ter como objetivo prejudicar o ministro da Fazenda. As afirmações foram feitas em entrevista por telefone à rádio Clube de Ribeirão: "Tenho a impressão de que o que está acontecendo pode ter mais como objetivo tentar prejudicar o Palocci, usando-me como instrumento".
Em depoimento, diretores da GTech disseram que Buratti teria sido indicado por Waldomiro Diniz para intermediar, como consultor, a renovação do contrato da empresa com a Caixa Econômica Federal. Buratti confirma o encontro, mas diz que não aceitou o trabalho nem fez proposta.
"Não fizeram [a GTech] propostas de negociata, lobby ou propina, até porque, se eu tivesse condições de interferir numa renovação de contrato e essa renovação fosse feita profissionalmente, não seria crime."
O ex-secretário afirmou ainda que sua declaração de renda está aberta, exceto o que tange sua vida privada. "Eu não quero permitir uma devassa da minha vida, porque eu não sou objeto de investigação, não sou funcionário público, eu sou um profissional."
"Acho que meu nome está sendo usado numa briga política, que respinga no Palocci."
Rogério Buratti, 41, foi um dos fundadores do PT em Osasco (Grande São Paulo), na década de 80, ao lado de políticos como João Paulo Cunha (PT-SP), presidente da Câmara, e de Benedito Mariano, secretário de Segurança Urbana da Prefeitura de São Paulo.
Assessor de deputado
Atuou no PT local até 1992, quando passou a assessorar o então deputado estadual Antonio Palocci Filho, hoje ministro da Fazenda, que o levaria a Ribeirão após ter vencido a sua primeira eleição à prefeitura.
Na cidade, a participação de Buratti causou polêmica no partido, pelo fato de ele ser um "forasteiro" e ter supostos "superpoderes". Membros do diretório do PT local chegaram a se reunir com o prefeito para pedir o afastamento do secretário, que caiu em 1994 após suspeitas de direcionamento em licitações de obras.
Após criar a Assessorarte, no mesmo ano, Buratti trabalhou na Prefeitura de Matão (1997-1998) como assessor especial do prefeito Adauto Scardoelli (PT). Voltou a Osasco em 2000 para assessorar o deputado estadual Emídio de Souza (PT), que se candidatara à prefeitura da cidade.
Empresário promete abrir sigilos
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O ex-secretário de Governo de Ribeirão Preto (SP) Rogério Buratti disse ontem que vai se apresentar à Polícia Federal para depor antes de ser convocado e que abrirá os sigilos bancário, fiscal e telefônico que tiverem relação com o episódio GTech.
A PF da cidade, porém, não tem data prevista para o depoimento, pois ainda não foi informada oficialmente do caso.
Segundo Buratti, vice-presidente-executivo do grupo Leão Leão -maior financiador da campanha de Antonio Palocci Filho à Prefeitura de Ribeirão em 2000-, seu nome está sendo envolvido em um caso que pode ter como objetivo prejudicar o ministro da Fazenda. As afirmações foram feitas em entrevista por telefone à rádio Clube de Ribeirão: "Tenho a impressão de que o que está acontecendo pode ter mais como objetivo tentar prejudicar o Palocci, usando-me como instrumento".
Em depoimento, diretores da GTech disseram que Buratti teria sido indicado por Waldomiro Diniz para intermediar, como consultor, a renovação do contrato da empresa com a Caixa Econômica Federal. Buratti confirma o encontro, mas diz que não aceitou o trabalho nem fez proposta.
"Não fizeram [a GTech] propostas de negociata, lobby ou propina, até porque, se eu tivesse condições de interferir numa renovação de contrato e essa renovação fosse feita profissionalmente, não seria crime."
O ex-secretário afirmou ainda que sua declaração de renda está aberta, exceto o que tange sua vida privada. "Eu não quero permitir uma devassa da minha vida, porque eu não sou objeto de investigação, não sou funcionário público, eu sou um profissional."
"Acho que meu nome está sendo usado numa briga política, que respinga no Palocci."
Rogério Buratti, 41, foi um dos fundadores do PT em Osasco (Grande São Paulo), na década de 80, ao lado de políticos como João Paulo Cunha (PT-SP), presidente da Câmara, e de Benedito Mariano, secretário de Segurança Urbana da Prefeitura de São Paulo.
Assessor de deputado
Atuou no PT local até 1992, quando passou a assessorar o então deputado estadual Antonio Palocci Filho, hoje ministro da Fazenda, que o levaria a Ribeirão após ter vencido a sua primeira eleição à prefeitura.
Na cidade, a participação de Buratti causou polêmica no partido, pelo fato de ele ser um "forasteiro" e ter supostos "superpoderes". Membros do diretório do PT local chegaram a se reunir com o prefeito para pedir o afastamento do secretário, que caiu em 1994 após suspeitas de direcionamento em licitações de obras.
Após criar a Assessorarte, no mesmo ano, Buratti trabalhou na Prefeitura de Matão (1997-1998) como assessor especial do prefeito Adauto Scardoelli (PT). Voltou a Osasco em 2000 para assessorar o deputado estadual Emídio de Souza (PT), que se candidatara à prefeitura da cidade.
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