Publicidade
Publicidade
19/03/2004
-
21h00
da Agência Folha, em Olinda
A não-permanência de representantes do primeiro escalão do governo durante os quatro dias de duração da 2ª Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, realizada em Olinda (PE), levou o bispo de Duque de Caxias (RJ), dom Mauro Morelli, a reclamar de um suposto desinteresse oficial pelo encontro.
"Eles vieram e foram embora, quando deveriam vir e sentar conosco", disse o religioso, referindo-se aos cinco ministros que participaram da abertura do evento, no dia 17, ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"Seria bom que os governos, nos vários níveis, prestassem atenção à conferência e que fizessem os seus planos de segurança alimentar", afirmou. O governo federal, declarou Morelli, "não tem um plano, mas precisa ter".
O bispo disse ainda que o governo deveria fazer uma autocrítica e avaliar se "chegou aqui propondo alguma coisa". "Eu, pelo menos, não vi", declarou.
Morelli criticou também a criação do Ministério Extraordinário de Segurança Alimentar e Combate à Fome, um dos organizadores da conferência. Segundo ele, a pasta é desnecessária e poderia ser substituída com mais eficiência por uma secretaria especial.
"Criar um ministério para cuidar da fome é embarcar, no mínimo, num equívoco desastroso", declarou o religioso. "É impossível um ministro sair pelo Brasil desovando projetos sociais."
"Na nossa visão, ter uma secretaria especial de planejamento, sem um tostão para distribuir arroz, deveria ser prioridade." O combate à fome, disse, seria feito por meio de ações desenvolvidas por outros ministérios, coordenados pela secretaria.
Para o bispo, a decisão de criar o ministério foi precipitada. "Esse governo tomou decisões antes da conferência. Se percebeu que havia equívocos, que tinha de mudar a estrutura e sabia que haveria uma conferência sobre o assunto, poderia esperar", disse.
Falta de ministros em evento do Fome Zero é "indiferença", diz dom Mauro
Publicidade
A não-permanência de representantes do primeiro escalão do governo durante os quatro dias de duração da 2ª Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, realizada em Olinda (PE), levou o bispo de Duque de Caxias (RJ), dom Mauro Morelli, a reclamar de um suposto desinteresse oficial pelo encontro.
"Eles vieram e foram embora, quando deveriam vir e sentar conosco", disse o religioso, referindo-se aos cinco ministros que participaram da abertura do evento, no dia 17, ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"Seria bom que os governos, nos vários níveis, prestassem atenção à conferência e que fizessem os seus planos de segurança alimentar", afirmou. O governo federal, declarou Morelli, "não tem um plano, mas precisa ter".
O bispo disse ainda que o governo deveria fazer uma autocrítica e avaliar se "chegou aqui propondo alguma coisa". "Eu, pelo menos, não vi", declarou.
Morelli criticou também a criação do Ministério Extraordinário de Segurança Alimentar e Combate à Fome, um dos organizadores da conferência. Segundo ele, a pasta é desnecessária e poderia ser substituída com mais eficiência por uma secretaria especial.
"Criar um ministério para cuidar da fome é embarcar, no mínimo, num equívoco desastroso", declarou o religioso. "É impossível um ministro sair pelo Brasil desovando projetos sociais."
"Na nossa visão, ter uma secretaria especial de planejamento, sem um tostão para distribuir arroz, deveria ser prioridade." O combate à fome, disse, seria feito por meio de ações desenvolvidas por outros ministérios, coordenados pela secretaria.
Para o bispo, a decisão de criar o ministério foi precipitada. "Esse governo tomou decisões antes da conferência. Se percebeu que havia equívocos, que tinha de mudar a estrutura e sabia que haveria uma conferência sobre o assunto, poderia esperar", disse.
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice