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23/03/2004 - 20h19

Sindicância derruba argumentos do governo contra CPI, diz oposição

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RICARDO MIGNONE
da Folha Online, em Brasília

Os partidos de oposição ao governo na Câmara avaliaram que o relatório final da sindicância que apurou a atuação do ex-assessor Waldomiro Diniz no Palácio do Planalto derrubou todos os argumentos contra a abertura de uma CPI para investigar o caso. Para os deputados, a investigação interna mostrou o "óbvio", ou seja, que Diniz praticou irregularidades enquanto o ocupou o cargo no atual governo.

"A principal linha de defesa para barrar a CPI foi que os fatos eram anteriores ao governo e que, portanto, não cabia responsabilidade, prejulgando uma coisa que agora se mostra completamente falsa. Quem fez uma [irregularidade] faz duas", disse o líder do PSDB, Custódio Mattos (MG).

Ele afirmou ainda que uma sindicância interna não tem autonomia para investigar o caso, o que demonstra "cabalmente" que a opinião pública não pode ficar satisfeita apenas com uma apuração interna ou policial.

Na mesma linha de Mattos, o vice-líder do PFL, deputado Pauderney Avelino (AM), disse que "lamentavelmente" a sindicância foi concluída pelo óbvio. "Nós sabíamos que não iria dar em nada. Só faltava dizer que o Waldomiro merecia ser reintegrado ao cargo", afirmou, acrescentando que a sindicância "padece de credibilidade".

Governo

Em resposta à oposição, o deputado Beto Albuquerque (PSB-RS), um dos vice-líderes do governo na Câmara, declarou que a sindicância mostrou claramente que Diniz agiu sozinho e que ninguém mais no governo está envolvido no caso.

"Ficou muito evidente que Waldomiro, usando de uma função próxima ao poder, tentou tirar vantagens como malandro ou agindo com má fé. Está muito claro que o fato e o foco do fato estava nessa pessoa. Não há nenhum sentimento de que esse fato possa ter contaminado mais alguém do governo ou algum ministro", disse Albuquerque.

Sobre as declarações da oposição, ele disse que o argumento do PSDB e do PFL em defesa da CPI é "completamente pífio". Para Albuquerque, é óbvio que Diniz não foi orientado por alguém superior a ele, nem é política do governo permitir isso. "No nosso governo, quem quiser pisar na ética, quem quiser ser malandro, tirar vantagem, vai ter o fim que esse camarada está tendo", afirmou o governista.

Albuquerque acusou a oposição de tentar usar o caso Waldomiro para desorientar o governo e atrasar o país. "Eles está querendo atrasar a vida do país e ficam presos a esse caso que está evidentemente comprovado que tem um responsável e que ele será punido", disse.
 

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