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27/03/2004
-
09h41
da Folha de S.Paulo
O deputado federal José Mentor (PT-SP), relator da CPI do Banestado, alegou ontem que seguiu "critérios técnicos" para tentar impedir a quebra do sigilo bancário do empresário Antônio Celso Cipriani, ex-presidente da Transbrasil.
Mentor disse ter adotado o mesmo procedimento em relação ao ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta.
Pitta não figurava entre as pessoas que teriam sido beneficiadas com recursos da Beacon Hill nem tinha seu nome na base de dados da Polícia Federal sobre as operações do Banestado (Banco do Estado do Paraná). Ele foi denunciado pela ex-mulher, Nicéa Camargo.
O relator alegou não ver motivos suficientes para intensificar a investigação sobre Cipriani. "A relatoria não pinça nomes", declarou.
Durante a sessão do último dia 17, em que pediu o sobrestamento da questão do sigilo bancário de Cipriani, o relator alegou: "Sobrestamento não fui eu quem inventou. Sobrestamento é um procedimento normal onde, ao indeferir para ter que reapreciar futuramente e arquivar por indeferimento um requerimento, há a possibilidade daquele ser aproveitado no momento oportuno, no momento adequado".
Procurados pessoalmente e por telefone, no escritório de advocacia dos Jardins e em empresas, o empresário Antônio Celso Cipriani e o advogado Roberto Teixeira não foram localizados. Foram deixados recados com suas secretárias na terça-feira e ontem, mas não houve retorno.
Ministro do STJ
O ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Fernando Gonçalves, mencionado com maior ênfase no depoimento da ex-assessora da Transbrasil Isabel Maria Miranda Rodrigues, confirmou que viajou para Colorado (Estados Unidos) com passagens pagas por Cipriani. Ele e sua mulher foram ver a formatura da filha do empresário, Melissa.
Gonçalves, contudo, afirmou que nunca atuou em julgamento de processo que envolvesse a Transbrasil ou Cipriani. O ministro disse que também viajou em território nacional "algumas vezes" de cortesia. "Às vezes o Celso me encontrava e convidava para ir no avião da Transbrasil", disse o ministro.
Outro citado no depoimento de Isabel, o líder do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) José Rainha Júnior afirmou nunca ter falado com Cipriani ou recebido passagens aéreas gratuitas da direção da Transbrasil.
Deputado alega "critérios técnicos" para barrar quebra
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O deputado federal José Mentor (PT-SP), relator da CPI do Banestado, alegou ontem que seguiu "critérios técnicos" para tentar impedir a quebra do sigilo bancário do empresário Antônio Celso Cipriani, ex-presidente da Transbrasil.
Mentor disse ter adotado o mesmo procedimento em relação ao ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta.
Pitta não figurava entre as pessoas que teriam sido beneficiadas com recursos da Beacon Hill nem tinha seu nome na base de dados da Polícia Federal sobre as operações do Banestado (Banco do Estado do Paraná). Ele foi denunciado pela ex-mulher, Nicéa Camargo.
O relator alegou não ver motivos suficientes para intensificar a investigação sobre Cipriani. "A relatoria não pinça nomes", declarou.
Durante a sessão do último dia 17, em que pediu o sobrestamento da questão do sigilo bancário de Cipriani, o relator alegou: "Sobrestamento não fui eu quem inventou. Sobrestamento é um procedimento normal onde, ao indeferir para ter que reapreciar futuramente e arquivar por indeferimento um requerimento, há a possibilidade daquele ser aproveitado no momento oportuno, no momento adequado".
Procurados pessoalmente e por telefone, no escritório de advocacia dos Jardins e em empresas, o empresário Antônio Celso Cipriani e o advogado Roberto Teixeira não foram localizados. Foram deixados recados com suas secretárias na terça-feira e ontem, mas não houve retorno.
Ministro do STJ
O ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Fernando Gonçalves, mencionado com maior ênfase no depoimento da ex-assessora da Transbrasil Isabel Maria Miranda Rodrigues, confirmou que viajou para Colorado (Estados Unidos) com passagens pagas por Cipriani. Ele e sua mulher foram ver a formatura da filha do empresário, Melissa.
Gonçalves, contudo, afirmou que nunca atuou em julgamento de processo que envolvesse a Transbrasil ou Cipriani. O ministro disse que também viajou em território nacional "algumas vezes" de cortesia. "Às vezes o Celso me encontrava e convidava para ir no avião da Transbrasil", disse o ministro.
Outro citado no depoimento de Isabel, o líder do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) José Rainha Júnior afirmou nunca ter falado com Cipriani ou recebido passagens aéreas gratuitas da direção da Transbrasil.
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