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31/03/2004
-
20h36
CAMILO TOSCANO
da Folha Online, em Brasília
Em resposta a um discurso realizado hoje pela líder do PT no Senado, Ideli Salvatti (SC), o presidente do PSDB, José Serra, divulgou nota desafiando a senadora a provar as insinuações de que teria ligação com o subprocurador José Roberto Santoro.
Santoro aparece em fita divulgada ontem colhendo depoimento na madrugada do empresário do jogo Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
Em sua fala, Ideli Salvatti utiliza um discurso do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), de março de 2002, no qual Santoro é apontado como "o procurador do Serra".
Na época, a filha de Sarney, a então candidata à Presidência Roseana Sarney (PFL-MA), teve a candidatura enterrada depois de uma ação da Polícia Federal que encontrou R$ 1,34 milhão no escritório de seu marido, Jorge Murad --o chamado caso Lunus. Integrantes do PFL acusaram Serra de estar por trás da operação, o que o tucano nega. Roseana e Murad foram inocentados pela Justiça no caso.
Ao recorrer ao discurso de Sarney, Ideli também acabou relacionando, indiretamente, Serra a Santoro. "Esse episódio [de Santoro com Cachoeira] e o anterior [caso Lunus] somados podem ter vinculação", afirmou Salvatti. "São coincidências que nos alertam."
Para Serra, "o PT está se comportando diante das dificuldades como previsto: procurando bodes expiatórios".
"Desafio quem quer que seja a provar que tenho qualquer envolvimento com a ação que o Ministério Público vem realizando", diz a nota de Serra. "Não custa lembrar que quem nomeou o sr. Waldomiro Diniz para um cargo-chave do governo, foi o ministro José Dirceu, e quem pediu propina ao Carlos Cachoeira foi Waldomiro."
Ao final da nota, Serra diz que a presença de Santoro no Ministério da Saúde em 2000 --quando Serra era o titular da pasta-- foi por indicação da Procuradoria Geral da República e tinha como objetivo investigar irregularidades no SUS (Sistema Único de Saúde).
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Erramos: Serra desafia líder do PT a provar ligação com procurador
Serra desafia líder do PT a provar ligação com procurador
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da Folha Online, em Brasília
Em resposta a um discurso realizado hoje pela líder do PT no Senado, Ideli Salvatti (SC), o presidente do PSDB, José Serra, divulgou nota desafiando a senadora a provar as insinuações de que teria ligação com o subprocurador José Roberto Santoro.
Santoro aparece em fita divulgada ontem colhendo depoimento na madrugada do empresário do jogo Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
Em sua fala, Ideli Salvatti utiliza um discurso do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), de março de 2002, no qual Santoro é apontado como "o procurador do Serra".
Na época, a filha de Sarney, a então candidata à Presidência Roseana Sarney (PFL-MA), teve a candidatura enterrada depois de uma ação da Polícia Federal que encontrou R$ 1,34 milhão no escritório de seu marido, Jorge Murad --o chamado caso Lunus. Integrantes do PFL acusaram Serra de estar por trás da operação, o que o tucano nega. Roseana e Murad foram inocentados pela Justiça no caso.
Ao recorrer ao discurso de Sarney, Ideli também acabou relacionando, indiretamente, Serra a Santoro. "Esse episódio [de Santoro com Cachoeira] e o anterior [caso Lunus] somados podem ter vinculação", afirmou Salvatti. "São coincidências que nos alertam."
Para Serra, "o PT está se comportando diante das dificuldades como previsto: procurando bodes expiatórios".
"Desafio quem quer que seja a provar que tenho qualquer envolvimento com a ação que o Ministério Público vem realizando", diz a nota de Serra. "Não custa lembrar que quem nomeou o sr. Waldomiro Diniz para um cargo-chave do governo, foi o ministro José Dirceu, e quem pediu propina ao Carlos Cachoeira foi Waldomiro."
Ao final da nota, Serra diz que a presença de Santoro no Ministério da Saúde em 2000 --quando Serra era o titular da pasta-- foi por indicação da Procuradoria Geral da República e tinha como objetivo investigar irregularidades no SUS (Sistema Único de Saúde).
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