Publicidade
Publicidade
01/04/2004
-
06h13
ELVIRA LOBATO
da Folha de S.Paulo, no Rio
O coordenador nacional do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), João Pedro Stedile, disse ontem que o suplemento de R$ 1,7 bilhão no orçamento do Ministério do Desenvolvimento Agrário, anunciado anteontem pelo ministro Miguel Rossetto, demonstra boa vontade do governo, mas não resolve o problema da reforma agrária.
A verba extra, segundo ele, tampouco mudou a disposição do MST de fazer mobilizações em todo o país, no correr deste mês.
Stedile disse que o ""abril vermelho", anunciado por ele em Campo Grande (MS), não significa uma onde de invasões, mas protestos por mudanças no modelo econômico adotado no país.
"O governo está engessado pelo Estado. O Estado brasileiro é burocrático e preparado para atender só a 10% da população. Não é por falta de vontade de Lula que não há mais verba para a educação ou para a saúde. É preciso que os estudantes, os servidores públicos, os sem-terra se mobilizem para inverter a lógica do funcionamento e as prioridades do Estado", afirmou o líder do MST.
Stedile disse que usou a expressão "abril vermelho" como linguagem figurada, não como bravata, no sentido de estimular as manifestações públicas.
O coordenador nacional do MST disse também estar convencido de que a única saída para a crise brasileira é uma grande mobilização popular de pressão por mudanças.
Bandeiras
"Está na hora de reerguermos as bandeiras. (...) As mobilizações de massa, nessa conjuntura, ajudam o governo, não são contra o governo. As mobilizações são contra os banqueiros, os latifundiários e contra os que querem manter privilégios", declarou.
De acordo com Stedile, o reforço do orçamento do Ministério do Desenvolvimento Agrário não atende as reivindicações do MST, porque a reforma agrária requer um conjunto de medidas, e não apenas providências pontuais, como a liberação de mais dinheiro ou a desapropriação de alguma fazenda específica.
Ele disse que a reforma agrária deve ser prioridade do governo, não só do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), e o centro das medidas de combate ao desemprego.
Stedile defendeu um mutirão, com envolvimento de todos os órgãos da administração federal, para escolher as regiões prioritárias, de latifúndios, para assentar as 200 mil famílias que se encontram acampadas hoje no país.
Verba não suspende abril vermelho, diz Stedile
Publicidade
da Folha de S.Paulo, no Rio
O coordenador nacional do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), João Pedro Stedile, disse ontem que o suplemento de R$ 1,7 bilhão no orçamento do Ministério do Desenvolvimento Agrário, anunciado anteontem pelo ministro Miguel Rossetto, demonstra boa vontade do governo, mas não resolve o problema da reforma agrária.
A verba extra, segundo ele, tampouco mudou a disposição do MST de fazer mobilizações em todo o país, no correr deste mês.
Stedile disse que o ""abril vermelho", anunciado por ele em Campo Grande (MS), não significa uma onde de invasões, mas protestos por mudanças no modelo econômico adotado no país.
"O governo está engessado pelo Estado. O Estado brasileiro é burocrático e preparado para atender só a 10% da população. Não é por falta de vontade de Lula que não há mais verba para a educação ou para a saúde. É preciso que os estudantes, os servidores públicos, os sem-terra se mobilizem para inverter a lógica do funcionamento e as prioridades do Estado", afirmou o líder do MST.
Stedile disse que usou a expressão "abril vermelho" como linguagem figurada, não como bravata, no sentido de estimular as manifestações públicas.
O coordenador nacional do MST disse também estar convencido de que a única saída para a crise brasileira é uma grande mobilização popular de pressão por mudanças.
Bandeiras
"Está na hora de reerguermos as bandeiras. (...) As mobilizações de massa, nessa conjuntura, ajudam o governo, não são contra o governo. As mobilizações são contra os banqueiros, os latifundiários e contra os que querem manter privilégios", declarou.
De acordo com Stedile, o reforço do orçamento do Ministério do Desenvolvimento Agrário não atende as reivindicações do MST, porque a reforma agrária requer um conjunto de medidas, e não apenas providências pontuais, como a liberação de mais dinheiro ou a desapropriação de alguma fazenda específica.
Ele disse que a reforma agrária deve ser prioridade do governo, não só do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), e o centro das medidas de combate ao desemprego.
Stedile defendeu um mutirão, com envolvimento de todos os órgãos da administração federal, para escolher as regiões prioritárias, de latifúndios, para assentar as 200 mil famílias que se encontram acampadas hoje no país.
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice