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08/04/2004
-
06h16
da Folha de S.Paulo, em Brasília
Dizendo-se "inconformados" com o discurso do governo federal de que as invasões de terra fazem parte de uma "normalidade democrática", duas das principais lideranças ruralistas do país afirmaram ontem que a paciência dos fazendeiros está no "limite".
A CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) e a UDR (União Democrática Ruralista) acusam o Palácio do Planalto de ser "inerte" e "leniente" com as ações dos sem-terra.
"O lamentável é que mais cedo ou mais tarde alguém [entre os fazendeiros] vai reagir. Por enquanto tem havido um bom senso para evitar o sangue no campo. Mas há um limite", disse o presidente da CNA, Antônio Ernesto de Salvo.
Segundo Luiz Antonio Nabhan Garcia, presidente da UDR, existe atualmente uma orientação na classe de que é melhor "engolir certas coisas" e mostrar para a sociedade quais são as "verdadeiras" vítimas das ações do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra). Nabhan, porém, adverte que a situação pode mudar: "Até quando vai essa tolerância eu já não sei". Para Salvo, "uma hora o vaso quebra, alguém age e pessoas vão morrer".
Sobre a relação do governo diante da chamada "jornada de lutas" do MST, deflagrada no final do mês passado, o presidente da CNA afirma ser um "absurdo" a paralisia do governo. "Há uma leniência, uma falta de reação. Essa tolerância é absurda."
De acordo com Nabhan Garcia, da UDR, o governo federal está "debochando" dos produtores rurais do país.
"Ao contrário do que diz o governo e seus ministros, não existe nada dentro da normalidade democrática. O que existe é um deboche à Constituição brasileira. O governo está deixando de ser inerte para se tornar conivente", disse Nabhan, que na próxima terça-feira prestará depoimento à CPI da Terra, no Senado.
Anteontem, em Rio Branco (AC), o ministro Miguel Rossetto (Desenvolvimento Agrário) disse que a onda de invasões de terra "deve ser acompanhada num ambiente de normalidade democrática".
Ruralistas acusam Planalto de ser "inerte" e "leniente" com sem-terra
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Dizendo-se "inconformados" com o discurso do governo federal de que as invasões de terra fazem parte de uma "normalidade democrática", duas das principais lideranças ruralistas do país afirmaram ontem que a paciência dos fazendeiros está no "limite".
A CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) e a UDR (União Democrática Ruralista) acusam o Palácio do Planalto de ser "inerte" e "leniente" com as ações dos sem-terra.
"O lamentável é que mais cedo ou mais tarde alguém [entre os fazendeiros] vai reagir. Por enquanto tem havido um bom senso para evitar o sangue no campo. Mas há um limite", disse o presidente da CNA, Antônio Ernesto de Salvo.
Segundo Luiz Antonio Nabhan Garcia, presidente da UDR, existe atualmente uma orientação na classe de que é melhor "engolir certas coisas" e mostrar para a sociedade quais são as "verdadeiras" vítimas das ações do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra). Nabhan, porém, adverte que a situação pode mudar: "Até quando vai essa tolerância eu já não sei". Para Salvo, "uma hora o vaso quebra, alguém age e pessoas vão morrer".
Sobre a relação do governo diante da chamada "jornada de lutas" do MST, deflagrada no final do mês passado, o presidente da CNA afirma ser um "absurdo" a paralisia do governo. "Há uma leniência, uma falta de reação. Essa tolerância é absurda."
De acordo com Nabhan Garcia, da UDR, o governo federal está "debochando" dos produtores rurais do país.
"Ao contrário do que diz o governo e seus ministros, não existe nada dentro da normalidade democrática. O que existe é um deboche à Constituição brasileira. O governo está deixando de ser inerte para se tornar conivente", disse Nabhan, que na próxima terça-feira prestará depoimento à CPI da Terra, no Senado.
Anteontem, em Rio Branco (AC), o ministro Miguel Rossetto (Desenvolvimento Agrário) disse que a onda de invasões de terra "deve ser acompanhada num ambiente de normalidade democrática".
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