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10/04/2004
-
08h03
da Folha de S.Paulo
O garimpeiro Francisco Alves Pereira, 46, o "Piauí", caminhou por dois dias na mata e chegou ontem exausto e ferido na delegacia da Polícia Civil de Espigão d'Oeste (RO), 48 horas depois de seu grupo ter sido atacado num garimpo na terra indígena Roosevelt, em Espigão d'Oeste.
"Eu vi quatro mortos dentro de um buraco, um por cima do outro", contou Pereira, que identificou três deles. Seriam "Baiano Divino", cujo nome, segundo a polícia, é Francisco das Chagas Alves Saraiva, morador de Cacoal (RO), "Parasinho" e "Ari".
"O "Baiano" foi enforcado com uma corda, tinha um tiro na cabeça e outro no peito", contou Pereira. Os corpos estavam jogados num buraco aberto por uma árvore que desabara. Pereira saiu correndo ao ouvir os primeiros tiros. O garimpeiro passou a caminhada comendo só farinha e bebendo água de riachos. Com ferimentos nos braços e nas pernas, causados pela vegetação, foi atendido no hospital de Espigão e logo liberado.
Outro garimpeiro, que se identificou como "Elias", contou ter encontrado rastros de sangue e duas flechas numa estrada onde um grupo de garimpeiros teria sido rendido pelos índios horas antes. "Eles mataram e jogaram [os corpos] ladeira abaixo", acredita o garimpeiro.
"A maioria dos garimpeiros dizia que, se viessem os índios, não ia correr. Os que não correram, morreram, e os que correram e os índios pegaram, morreram", disse. Pelas suas contas, há pelo menos 20 desaparecidos. "Elias" disse que o trabalho garimpo havia rendido "migalhas", aproximadamente R$ 580 desde outubro passado.
"Eu vi quatro mortos dentro de um buraco"
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O garimpeiro Francisco Alves Pereira, 46, o "Piauí", caminhou por dois dias na mata e chegou ontem exausto e ferido na delegacia da Polícia Civil de Espigão d'Oeste (RO), 48 horas depois de seu grupo ter sido atacado num garimpo na terra indígena Roosevelt, em Espigão d'Oeste.
"Eu vi quatro mortos dentro de um buraco, um por cima do outro", contou Pereira, que identificou três deles. Seriam "Baiano Divino", cujo nome, segundo a polícia, é Francisco das Chagas Alves Saraiva, morador de Cacoal (RO), "Parasinho" e "Ari".
"O "Baiano" foi enforcado com uma corda, tinha um tiro na cabeça e outro no peito", contou Pereira. Os corpos estavam jogados num buraco aberto por uma árvore que desabara. Pereira saiu correndo ao ouvir os primeiros tiros. O garimpeiro passou a caminhada comendo só farinha e bebendo água de riachos. Com ferimentos nos braços e nas pernas, causados pela vegetação, foi atendido no hospital de Espigão e logo liberado.
Outro garimpeiro, que se identificou como "Elias", contou ter encontrado rastros de sangue e duas flechas numa estrada onde um grupo de garimpeiros teria sido rendido pelos índios horas antes. "Eles mataram e jogaram [os corpos] ladeira abaixo", acredita o garimpeiro.
"A maioria dos garimpeiros dizia que, se viessem os índios, não ia correr. Os que não correram, morreram, e os que correram e os índios pegaram, morreram", disse. Pelas suas contas, há pelo menos 20 desaparecidos. "Elias" disse que o trabalho garimpo havia rendido "migalhas", aproximadamente R$ 580 desde outubro passado.
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