Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
12/04/2004 - 21h16

Waldomiro passa o dia em flat no Rio de Janeiro

Publicidade

VINÍCIUS QUEIROZ GALVÃO
Enviado especial ao Rio

O ex-assessor do Planalto Waldomiro Diniz já está no Rio de Janeiro, onde deve depor nesta terça-feira (13) na CPI da Alerj (Assembléia do Estado do Rio) e no Ministério Público.

A Folha Online apurou que ele permaneceu durante todo o dia no flat The Claridge, no bairro do Leblon (zona sul do Rio). De acordo com comerciantes vizinhos do estabelecimento, ele morou no local durante o período em que ocupou a presidência da Loterj (Loteria do Rio de Janeiro), entre os anos de 2001 e 2002.

O ex-subchefe de Assuntos Parlamentares da Casa Civil foi exonerado a pedido em 13 de fevereiro depois da divulgação de uma fita em que aparece negociando contribuição de campanha e propina ao empresário de loterias Carlinhos Cachoeira. A divulgação do caso provocou a maior crise do governo Lula desde a posse em janeiro de 2003.

A pedido da defesa, a escuta de Waldomiro foi adiada da última terça-feira (6) para amanhã. Segundo seu advogado, Luís Guilherme Vieira, era preciso mais tempo para avaliar o depoimento prestado por Cachoeira na Assembléia Legislativa de Goiás para estabelecer a linha de defesa.

À época, o presidente da CPI da Loterj/Rio Previdência, deputado estadual Alessandro Calazans (PV), disse que deferiu o pedido por considerar o depoimento de Waldomiro fundamental para as investigações e entender que ele esteja querendo colaborar.

À comissão da Alerj, que viajou para Goiânia exclusivamente para ouvi-lo, Cachoeira disse não ter sofrido pressão do Ministério Público Federal e não participou de 'uma conspiração contra o governo' quando se reuniu em Brasília com o subprocurador da República José Roberto Santoro, em fevereiro deste ano.

A conversa com Santoro foi gravada. O subprocurador demonstra, na fita, saber que a investigação sobre o ex-assessor do Planalto Waldomiro Diniz atingiria o ministro José Dirceu (Casa Civil) e o governo do PT. Cachoeira negou que tenha feito a gravação e mandado entregar a fita à imprensa.

Com receio de que seu cliente seja preso após depor na CPI, Vieira conseguiu na Justiça estadual um habeas corpus preventivo, que impede a prisão caso ele se recuse a responder às perguntas dos deputados.

A CPI investiga supostas fraudes na Loterj enquanto Waldomiro exerceu a presidência da autarquia. Segundo Vieira, a convocação recebida pelo cliente não explicitava que ele prestaria depoimento como investigado, e não como testemunha --condição em que poderia ser preso se não respondesse às perguntas.
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página