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13/04/2004
-
08h58
VINÍCIUS QUEIROZ GALVÃO
Enviado especial ao Rio
O ex-assessor do Palácio do Planalto Waldomiro Diniz deve depor nesta terça-feira (13) na CPI da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro.
Ontem, Waldomiro passou o dia num flat no bairro do Leblon (zona sul). De acordo com comerciantes vizinhos do estabelecimento, ele morou no local durante o período em que presidiu a Loterj (Loteria do Rio), entre os anos de 2001 e 2002.
O ex-subchefe de Assuntos Parlamentares da Casa Civil foi exonerado a pedido em 13 de fevereiro após a divulgação de uma fita em que aparece negociando propina com o empresário do jogo Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. A divulgação do caso provocou a maior crise do governo Lula.
A pedido da defesa, a escuta de Waldomiro foi adiada da última terça-feira (6) para hoje. Segundo seu advogado, Luís Guilherme Vieira, era preciso mais tempo para avaliar o depoimento prestado por Cachoeira na Assembléia Legislativa de Goiás para estabelecer a linha de defesa.
À época, o presidente da CPI da Loterj/RioPrevidência, deputado estadual Alessandro Calazans (PV), disse que deferiu o pedido por considerar o depoimento de Waldomiro fundamental para as investigações e entender que ele esteja querendo colaborar.
À comissão da Alerj, que viajou para Goiânia exclusivamente para ouvi-lo, Cachoeira disse não ter sofrido pressão do Ministério Público Federal e não participou de 'uma conspiração contra o governo' quando se reuniu em Brasília com o subprocurador da República José Roberto Santoro, em fevereiro deste ano.
A conversa com Santoro foi gravada. O subprocurador demonstra, na fita, saber que a investigação sobre o ex-assessor do Planalto Waldomiro Diniz atingiria o ministro José Dirceu (Casa Civil) e o governo do PT. Cachoeira negou que tenha feito a gravação e mandado entregar a fita à imprensa.
Com receio de que seu cliente seja preso após depor na CPI, Vieira conseguiu na Justiça estadual um habeas corpus preventivo, que impede a prisão caso ele se recuse a responder às perguntas dos deputados.
A CPI investiga supostas fraudes na Loterj enquanto Waldomiro exerceu a presidência da autarquia. Segundo Vieira, a convocação recebida pelo cliente não explicitava que ele prestaria depoimento como investigado, e não como testemunha --condição em que poderia ser preso se não respondesse às perguntas.
Waldomiro deve depor hoje em CPI no Rio
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Enviado especial ao Rio
O ex-assessor do Palácio do Planalto Waldomiro Diniz deve depor nesta terça-feira (13) na CPI da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro.
Ontem, Waldomiro passou o dia num flat no bairro do Leblon (zona sul). De acordo com comerciantes vizinhos do estabelecimento, ele morou no local durante o período em que presidiu a Loterj (Loteria do Rio), entre os anos de 2001 e 2002.
O ex-subchefe de Assuntos Parlamentares da Casa Civil foi exonerado a pedido em 13 de fevereiro após a divulgação de uma fita em que aparece negociando propina com o empresário do jogo Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. A divulgação do caso provocou a maior crise do governo Lula.
A pedido da defesa, a escuta de Waldomiro foi adiada da última terça-feira (6) para hoje. Segundo seu advogado, Luís Guilherme Vieira, era preciso mais tempo para avaliar o depoimento prestado por Cachoeira na Assembléia Legislativa de Goiás para estabelecer a linha de defesa.
À época, o presidente da CPI da Loterj/RioPrevidência, deputado estadual Alessandro Calazans (PV), disse que deferiu o pedido por considerar o depoimento de Waldomiro fundamental para as investigações e entender que ele esteja querendo colaborar.
À comissão da Alerj, que viajou para Goiânia exclusivamente para ouvi-lo, Cachoeira disse não ter sofrido pressão do Ministério Público Federal e não participou de 'uma conspiração contra o governo' quando se reuniu em Brasília com o subprocurador da República José Roberto Santoro, em fevereiro deste ano.
A conversa com Santoro foi gravada. O subprocurador demonstra, na fita, saber que a investigação sobre o ex-assessor do Planalto Waldomiro Diniz atingiria o ministro José Dirceu (Casa Civil) e o governo do PT. Cachoeira negou que tenha feito a gravação e mandado entregar a fita à imprensa.
Com receio de que seu cliente seja preso após depor na CPI, Vieira conseguiu na Justiça estadual um habeas corpus preventivo, que impede a prisão caso ele se recuse a responder às perguntas dos deputados.
A CPI investiga supostas fraudes na Loterj enquanto Waldomiro exerceu a presidência da autarquia. Segundo Vieira, a convocação recebida pelo cliente não explicitava que ele prestaria depoimento como investigado, e não como testemunha --condição em que poderia ser preso se não respondesse às perguntas.
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