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13/04/2004 - 18h04

Petista nega recebimento de dinheiro e chama Waldomiro de mau-caráter

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RICARDO MIGNONE
da Folha Online, em Brasília

O candidato derrotado ao governo do Distrito Federal Geraldo Magela (PT) negou nesta terça-feira que tenha recebido qualquer colaboração para a sua campanha por parte do ex-assessor da Casa Civil Waldomiro Diniz. Ele chegou a chamar Waldomiro de "desonesto", "mau-caráter" e "mentiroso" e revelou que vai protocolar uma ação de reparação de danos morais na Justiça por calúnia e difamação

"O senhor Waldomiro Diniz, mais uma vez, foi desonesto e usou de mau caratismo para fazer essas afirmações. Eu, em nenhum momento, recebi recursos que ele tenha trazido para a campanha. E se ele usou do nosso nome ou do nome de alguém para captar recursos e não repassou ele tem que explicar onde ele colocou [o dinheiro] e porque está fazendo isso [acusação]", disse Magela.

Em depoimento nesta terça à Assembléia Legislativa do Rio, Waldomiro admitiu ter repassado R$ 100 mil para a campanha de Magela. Segundo ele, a quantia foi entregue ao tesoureiro da campanha do petista na época, Paulo Guilherme Waisros Pereira, conhecido como Paulinho. Waldomiro já havia dito em fevereiro, à revista "Época", que teria recebido R$ 100 mil do bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, e que o dinheiro teria sido repassado para a campanha de Magela.

Tesoureiro

O próprio Pereira declarou, ao lado de Magela, que em momento algum recebeu qualquer colaboração de Waldomiro, seja em dinheiro, ou na intermediação de encontros com eventuais colaboradores. "O senhor Waldomiro não fala a verdade. Eu, em nenhum momento, recebi recursos para a campanha das mãos do Waldomiro", afirmou Paulinho.

Ele revelou, no entanto, que se encontrou com o ex-assessor por duas vezes no Rio, quando Waldomiro era presidente da Loterj (Loteria do Estado do Rio de Janeiro). Pereira contou que foi Waldomiro quem se ofereceu para ajudar na campanha de Magela, ajuda este que, de acordo com o tesoureiro acabou não acontecendo. "Ele [Waldomiro] telefonou se colocando à disposição para ajudar", disse.

Roriz

Além de gravar entrevista para defender-se da acusação, Magela divulgou uma nota na qual indaga sobre o fato de Waldomiro ter feito a declaração no momento em que o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) está perto de julgar os processos que pedem a cassação dos diplomas do governador do DF,Joaquim Roriz (PMDB) e da vice, Maria de Lourdes Abadia (PSDB).

"É público e notório que o senhor Joaquim Roriz foi denunciado, em 1999, pelo bicheiro brasiliense Manoel Durso como interessado em repassar o jogo em Brasília a Carlinhos Cachoeira", diz a nota assinada por Magela.

Questionado se disputaria uma eventual nova eleição caso o TSE casse Roriz e Abadia, o petista declarou que aguardará a decisão do tribunal para só depois tomar qualquer posicionamento político.

"Tenho absoluta e plena confiança de que a Lei será cumprida e de que os ministros do TSE vão julgar as nossas ações com absoluta isenção e não se deixarão influenciar e nem se intimidar com qualquer calúnia ou mentira assacada contra mim", afirmou Magela.
 

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