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13/04/2004 - 20h30

MST inicia marcha em MG contra a "lentidão" na reforma agrária

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PAULO PEIXOTO
da Agência Folha, em Belo Horizonte

Integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na região noroeste de Minas Gerais estão em marcha para protestar contra o que chamam de "lentidão" na reforma agrária do governo Lula. A marcha começou em Buritis e vai até Unaí, percorrendo cerca de cem quilômetros.

Monitorados pela Polícia Militar de Minas Gerais, cerca de 200 sem-terra, segundo a coordenação do MST, saíram ontem de Buritis. A chegada está prevista para depois de amanhã. Os sem-terra caminham em uma pista da MG-188, sem incidentes, de acordo com a PM.

"A nossa marcha é um protesto por causa da lentidão da reforma agrária. É uma marcha para pedir terra, trabalho e também paz e justiça", disse Gaspar Martins Araújo, um dos coordenadores do movimento no noroeste mineiro.

Segundo ele, o MST usa a manifestação para também cobrar agilidade das autoridades federais na apuração das mortes dos três fiscais e um motorista do Ministério do Trabalho, em Unaí, em janeiro passado, quando fiscalizavam propriedades rurais na região. Até hoje ninguém foi preso.

O MST no noroeste de Minas, dentro da "jornada de luta" do movimento, invadiu a fazenda Dalel Aparecida, em Buritis, no último dia 4. O proprietário do imóvel, Amir Miguel de Souza, recorreu à Justiça alegando que a fazenda é produtiva e que não é passível de reforma agrária, já que teria apenas 868 ha --áreas para desapropriação naquela região teriam que ter no mínimo 975 ha. Outra invasão ocorreu na cidade de Pará de Minas, no centro mineiro, em 10 de março.

Na manhã de sexta-feira, em Unaí, representantes do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) do entorno do Distrito Federal e do governo de Minas Gerais vão se reunir com o MST.
 

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