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14/04/2004 - 21h19

MST não cumpre ação de reintegração

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CRISTIANO MACHADO
Free-lance para a Agência Folha,
em Presidente Epitácio (SP)

O MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) descumpriu hoje a ordem judicial de reintegração de posse das fazendas Tupiconã e Sul Mineira, invadidas na madrugada de segunda-feira por 650 pessoas em Presidente Epitácio (655 km a oeste de SP), no Pontal do Paranapanema.

As liminares de reintegração de posse favoráveis aos fazendeiros foram concedidas ontem pelo juiz Fernando França Viana.

Na manhã de hoje, dois oficiais de Justiça notificaram as lideranças do MST, mas a determinação não foi acatada. O juiz pedirá apoio da Polícia Militar para cumprir a ação, cuja data deve ser definida hoje.

O coordenador estadual do MST Paulo Albuquerque afirmou que o movimento vai pedir à Justiça, no mínimo, cinco dias para retirar as famílias dos locais. "Precisamos de tempo, não temos condições de desocupar a área de imediato", disse.

Segundo ele, a reintegração será cumprida, mas "a maneira terá de ser negociada". "Estamos dispostos a abrir um canal de diálogo. Como sempre, o MST acata as decisões judiciais, mas vamos negociar a forma como [a reintegração] será feita", afirmou.

O MST receberá até o final desta semana outras duas ordens reintegrações de posse.

Uma é a da fazenda Santa Terezinha, em Santo Anastácio, invadida na noite de domingo por cerca de 350 integrantes do movimento. A notificação deve ser entregue amanhã aos líderes do acampamento.

Outra ação de reintegração de posse pode ser concedida pela Justiça até o final da semana, na fazenda Santa Fé, em Sandovalina, invadida ontem por 550 agricultores ligados ao MST.

Albuquerque reafirmou que novas invasões acontecerão nesta semana na região. "Não estamos dispostos a ficar acampados às margens de rodovias."

Hoje, o MST não promoveu nenhuma invasão no Pontal. Desde sábado, seis áreas foram tomadas na região, considerando que a fazenda Tupiconã é dividida em duas áreas de donos diferentes.
 

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