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15/04/2004 - 21h03

Garimpeiros podem ter sido mortos em disputa por exploração de diamantes

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da Agência Folha, em Espigão D'Oeste (RO)

O sertanista Apoena Meireles, 55, disse hoje que os três garimpeiros, cujos corpos foram resgatados no domingo, podem ter sido mortos devido a um desentendimento entre um grupo de cinta-larga favorável à exploração de diamantes por brancos na terra indígena e outro contrário.

Meireles foi indicado pela presidência da Funai (Fundação Nacional do Índio) para ir à área de conflito em Rondônia.

Segundo o sertanista, os garimpeiros podem ter feito acordo com um grupo de índios para explorar diamantes na área, o que teria contrariado membros de "outro clã".

O grupo descontente teria, então, matado os garimpeiros. Cerca de 200 deles tinham montado um acampamento dentro da área.

Hoje à tarde, o sertanista chegou à aldeia Roosevelt em Pimenta Bueno (700 km de Porto Velho), após embarcar em um avião monomotor em Cacoal, a 300 km da área indígena. O coordenador do grupo-tarefa da Funai, Walter Blós, saiu antes em outro avião e sem dar entrevista. Em 1969, o sertanista foi um dos primeiros a tomar contato com os cinta-larga.

A descoberta de jazidas de diamantes levou à abertura de frentes de garimpo na terra indígena. Em agosto de 2003, os cinta-larga assumiram o comando da mineração.

Meireles disse ser favorável à proibição da extração das pedras preciosas até o Congresso Nacional legalizar a atividade. "Os índios querem trabalhar dentro da lei. Nenhum deles quer ser bandido", afirmou.
 

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