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19/04/2004
-
21h54
ADRIANA CHAVES
da Agência Folha
Cerca de 400 índios bloquearam a rodovia MS-156 na manhã de hoje para protestar por melhores condições de vida na reserva indígena de Dourados (224 km de Campo Grande), onde ficam as aldeias de Jaguapiru e Bororo. A estrada corta as aldeias e permaneceu fechada entre 10h e 11h20.
O protesto reuniu três etnias --caiuá, terena e guarani-- que formam um contingente de mais de 10 mil índios que vivem nos 3.600 hectares da reserva de Dourados. "Eles [os índios] pedem melhores condições e mais espaço para suas habitações", disse o delegado da Polícia Federal Lázaro Moreira da Silva.
A PF não registrou incidentes durante a manifestação. A Polícia Rodoviária Estadual informou que os indígenas reivindicaram ainda o direito à produção e à terra, alegando que as condições de tráfego no local são ruins e eles têm dificuldade para conseguir emprego e sustentar as famílias.
Os índios aproveitaram as presenças do prefeito Laerte Tetila e do vice-governador Egon Krakhecke, ambos do PT, para cobrar mais atenção. Eles chegaram a ameaçar fazer invasões de terra na região, mas, de acordo com a PF, a situação já havia sido controlada no início da tarde.
Krakhecke recebeu uma carta de lideranças dos índios pedindo apoio do governo para agilizar a demarcação das terras indígenas em Mato Grosso do Sul e reduzir os focos de conflito fundiário.
"O governador Zeca do PT e o presidente Lula são sensíveis à causa indígena, mas os problemas não serão resolvidos de uma hora para outra", afirmou o vice, de acordo com sua assessoria.
A manifestação teve danças típicas e coincidiu com a assinatura de um convênio para a construção de 200 casas populares indígenas para atender emergencialmente as famílias em situação mais crítica, que estão morando em barracos de lona ou em abrigos improvisados.
O projeto, intitulado Estrela Arapoty, também prevê a ampliação da rede de abastecimento de água e foi firmado pela prefeitura em parceria com a Caixa Econômica Federal, a Funasa (Fundação Nacional de Saúde) e a Funai (Fundação Nacional do Índio). O custo total de implantação é de R$ 2,2 milhões.
Índios bloqueiam rodovia em MS
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da Agência Folha
Cerca de 400 índios bloquearam a rodovia MS-156 na manhã de hoje para protestar por melhores condições de vida na reserva indígena de Dourados (224 km de Campo Grande), onde ficam as aldeias de Jaguapiru e Bororo. A estrada corta as aldeias e permaneceu fechada entre 10h e 11h20.
O protesto reuniu três etnias --caiuá, terena e guarani-- que formam um contingente de mais de 10 mil índios que vivem nos 3.600 hectares da reserva de Dourados. "Eles [os índios] pedem melhores condições e mais espaço para suas habitações", disse o delegado da Polícia Federal Lázaro Moreira da Silva.
A PF não registrou incidentes durante a manifestação. A Polícia Rodoviária Estadual informou que os indígenas reivindicaram ainda o direito à produção e à terra, alegando que as condições de tráfego no local são ruins e eles têm dificuldade para conseguir emprego e sustentar as famílias.
Os índios aproveitaram as presenças do prefeito Laerte Tetila e do vice-governador Egon Krakhecke, ambos do PT, para cobrar mais atenção. Eles chegaram a ameaçar fazer invasões de terra na região, mas, de acordo com a PF, a situação já havia sido controlada no início da tarde.
Krakhecke recebeu uma carta de lideranças dos índios pedindo apoio do governo para agilizar a demarcação das terras indígenas em Mato Grosso do Sul e reduzir os focos de conflito fundiário.
"O governador Zeca do PT e o presidente Lula são sensíveis à causa indígena, mas os problemas não serão resolvidos de uma hora para outra", afirmou o vice, de acordo com sua assessoria.
A manifestação teve danças típicas e coincidiu com a assinatura de um convênio para a construção de 200 casas populares indígenas para atender emergencialmente as famílias em situação mais crítica, que estão morando em barracos de lona ou em abrigos improvisados.
O projeto, intitulado Estrela Arapoty, também prevê a ampliação da rede de abastecimento de água e foi firmado pela prefeitura em parceria com a Caixa Econômica Federal, a Funasa (Fundação Nacional de Saúde) e a Funai (Fundação Nacional do Índio). O custo total de implantação é de R$ 2,2 milhões.
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