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20/04/2004 - 05h27

Índios recebem parte dos lucros dos garimpeiros

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da Folha de S.Paulo

Os índios cinta-larga da terra indígena Roosevelt (RO) têm tido participação em lucros na extração de diamante. Os garimpeiros cooptaram líderes indígenas, oferecendo dinheiro para poder explorar a área. Há caciques hoje com camionetes Toyota, telefones via satélite e armas de fogo. Em 2003, os índios começaram a explorar um garimpo por conta própria.

O atual quadro de acirramento de conflitos começou a ser desenhado em 1999, quando a notícia da descoberta de novas minas de diamantes na terra indígena correu entre garimpeiros de várias partes do país.

Mas há denúncias de que os caciques continuam autorizando a entrada de garimpeiros, desde que paguem pedágio.

Além do diamante, a madeira também atrai invasores desde a década de 60, pelo menos. As riquezas da terra, entre os Estados de Rondônia e Mato Grosso, deram margem a inúmeros conflitos nas últimas décadas.

Um dos episódios mais graves foi o chamado "Massacre do Paralelo 11", ocorrido na cabeceira do rio Aripuanã em 1963. Com avião, empregados de uma empresa seringueira metralharam e jogaram bombas numa aldeia. O episódio inspirou um filme de Zelito Viana --"Avaeté, A Semente da Vingança" (1985).

Os cinta-larga vivem em quatro terras homologadas pela União, com uma extensão total de 2,7 milhões de hectares. Os primeiros relatos da existência de índios com as características dos cinta-larga datam de 1727, mas é de 1915 o que é considerado o primeiro relato preciso sobre a tribo.
 

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