Publicidade
Publicidade
21/04/2004
-
20h29
HUDSON CORRÊA
da Agência Folha, em Cacoal (RO)
O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência, Jorge Armando Felix, 64, disse hoje em Cacoal (480 km de Porto Velho) que "a própria condição humana não vai permitir que o garimpo [na terra indígena Roosevelt] fique intocável". Segundo ele, "desde a Bíblia já se briga por ouro e por pedras preciosas".
Felix, que é general do Exército, sobrevoou ontem de helicóptero, das 11h30 às 13h30 (horário de Brasília), a reserva dos cinta-larga --local onde, no dia 7, 29 garimpeiros foram mortos por índios. O massacre ocorreu devido à disputa pelas jazidas de diamantes na reserva.
"O governo está empenhado em criar uma legislação [para regularizar a extração de diamantes]", afirmou Felix.
"Não podemos imaginar que um afloramento desses de diamantes ficará intocado. É importante que isso se reverta para os próprios índios e para as comunidades dos municípios próximos", afirmou.
O ministro disse que sobrevoou a reserva indígena para "dar informações mais precisas ao presidente [Luiz Inácio Lula da Silva]". Ele afirmou não ter pousado na área.
Na operação foram usados dois helicópteros do Exército, que tinham metralhadoras, e um da Polícia Federal. O ministro chegou em um avião da Força Aérea Brasileira ao aeroporto de Cacoal e embarcou no helicóptero.
Na aeronave também estava o delegado federal Mauro Sposito, coordenador da força-tarefa que mantém três barreiras de fiscalização nas entradas da reserva indígena desde anteontem.
Em agosto de 2003, os cinta-larga reabriram o garimpo e assumiram o controle da extração de diamantes. De 2000 a 2002, o trabalho era feito por garimpeiros que moram na cidade de Espigão d'Oeste. Eles foram retirados da área em janeiro de 2003.
O ministro pôde ver o movimento no garimpo na região chamada Baixão do Laje. A atividade é ilegal em terra indígena. Por essa razão, o ministro falou em criar uma legislação que permita a extração de diamantes.
A proibição está no artigo 231 da Constituição, que diz: "O aproveitamento dos recursos hídricos, incluídos os potenciais energéticos, a pesquisa e a lavra das riquezas minerais em terras indígenas só podem ser efetivados com autorização do Congresso Nacional, ouvidas as comunidades afetadas, ficando-lhes assegurada participação nos resultados da lavra, na forma da lei".
Desde a Bíblia já se briga por pedras preciosas, diz ministro em RO
Publicidade
da Agência Folha, em Cacoal (RO)
O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência, Jorge Armando Felix, 64, disse hoje em Cacoal (480 km de Porto Velho) que "a própria condição humana não vai permitir que o garimpo [na terra indígena Roosevelt] fique intocável". Segundo ele, "desde a Bíblia já se briga por ouro e por pedras preciosas".
Felix, que é general do Exército, sobrevoou ontem de helicóptero, das 11h30 às 13h30 (horário de Brasília), a reserva dos cinta-larga --local onde, no dia 7, 29 garimpeiros foram mortos por índios. O massacre ocorreu devido à disputa pelas jazidas de diamantes na reserva.
"O governo está empenhado em criar uma legislação [para regularizar a extração de diamantes]", afirmou Felix.
"Não podemos imaginar que um afloramento desses de diamantes ficará intocado. É importante que isso se reverta para os próprios índios e para as comunidades dos municípios próximos", afirmou.
O ministro disse que sobrevoou a reserva indígena para "dar informações mais precisas ao presidente [Luiz Inácio Lula da Silva]". Ele afirmou não ter pousado na área.
Na operação foram usados dois helicópteros do Exército, que tinham metralhadoras, e um da Polícia Federal. O ministro chegou em um avião da Força Aérea Brasileira ao aeroporto de Cacoal e embarcou no helicóptero.
Na aeronave também estava o delegado federal Mauro Sposito, coordenador da força-tarefa que mantém três barreiras de fiscalização nas entradas da reserva indígena desde anteontem.
Em agosto de 2003, os cinta-larga reabriram o garimpo e assumiram o controle da extração de diamantes. De 2000 a 2002, o trabalho era feito por garimpeiros que moram na cidade de Espigão d'Oeste. Eles foram retirados da área em janeiro de 2003.
O ministro pôde ver o movimento no garimpo na região chamada Baixão do Laje. A atividade é ilegal em terra indígena. Por essa razão, o ministro falou em criar uma legislação que permita a extração de diamantes.
A proibição está no artigo 231 da Constituição, que diz: "O aproveitamento dos recursos hídricos, incluídos os potenciais energéticos, a pesquisa e a lavra das riquezas minerais em terras indígenas só podem ser efetivados com autorização do Congresso Nacional, ouvidas as comunidades afetadas, ficando-lhes assegurada participação nos resultados da lavra, na forma da lei".
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice