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23/04/2004
-
08h12
RAFAEL CARIELLO
da Folha de S.Paulo, em Nova York
O Brasil se opôs ontem a vários pontos de um projeto de resolução "sobre armas de destruição em massa e atores não-estatais" que está sendo discutido na ONU (Organização das Nações Unidas). O projeto tem como principal defensor os EUA e, segundo a proposta, pretende criar uma legislação para tentar barrar o acesso de terroristas a essas armas.
Diplomatas brasileiros acreditam que a resolução, se aprovada como está, pode ser usada para fins comerciais pelos EUA e dificultar o acesso do país a novas tecnologias --como as ligadas ao uso pacífico de energia nuclear.
O choque entre os interesses diplomáticos e comerciais do Brasil e a política antiterror de George W. Bush acontece duas semanas depois de os EUA pressionarem pela inspeção de uma planta de enriquecimento de urânio para uso energético em Resende (RJ).
A missão brasileira na ONU propôs alterações à resolução e, ontem, o embaixador brasileiro nas Nações Unidas, Ronaldo Mota Sardenberg, criticou a redação da proposta em discurso.
Segundo um diplomata brasileiro, que preferiu não ser identificado, pela proposta atual, os tais "atores não-estatais" não ficariam reduzidos a terroristas, mas incluiriam empresas que comercializam tecnologias ligadas ao uso pacífico de equipamentos e produtos que também podem ser usados para fins militares.
Ele afirmou que a possibilidade de que a resolução limite o acesso do país a tecnologias e prejudiquem o Brasil comercialmente foi a principal preocupação "do ponto de vista prático" do trabalho dos representantes do país nas Nações Unidas.
Brasil contraria EUA em projeto debatido na ONU
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da Folha de S.Paulo, em Nova York
O Brasil se opôs ontem a vários pontos de um projeto de resolução "sobre armas de destruição em massa e atores não-estatais" que está sendo discutido na ONU (Organização das Nações Unidas). O projeto tem como principal defensor os EUA e, segundo a proposta, pretende criar uma legislação para tentar barrar o acesso de terroristas a essas armas.
Diplomatas brasileiros acreditam que a resolução, se aprovada como está, pode ser usada para fins comerciais pelos EUA e dificultar o acesso do país a novas tecnologias --como as ligadas ao uso pacífico de energia nuclear.
O choque entre os interesses diplomáticos e comerciais do Brasil e a política antiterror de George W. Bush acontece duas semanas depois de os EUA pressionarem pela inspeção de uma planta de enriquecimento de urânio para uso energético em Resende (RJ).
A missão brasileira na ONU propôs alterações à resolução e, ontem, o embaixador brasileiro nas Nações Unidas, Ronaldo Mota Sardenberg, criticou a redação da proposta em discurso.
Segundo um diplomata brasileiro, que preferiu não ser identificado, pela proposta atual, os tais "atores não-estatais" não ficariam reduzidos a terroristas, mas incluiriam empresas que comercializam tecnologias ligadas ao uso pacífico de equipamentos e produtos que também podem ser usados para fins militares.
Ele afirmou que a possibilidade de que a resolução limite o acesso do país a tecnologias e prejudiquem o Brasil comercialmente foi a principal preocupação "do ponto de vista prático" do trabalho dos representantes do país nas Nações Unidas.
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