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29/04/2004 - 20h52

Relator da CPI do Banestado diz que comissão recebeu novos documentos

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MARI TORTATO
da Agência Folha, em Curitiba

O relator da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do Banestado no Congresso, deputado José Mentor (PT-SP), disse hoje, em Curitiba, que a comissão recebeu 35 caixas de novos documentos de bancos norte-americanos sobre a movimentação financeira de brasileiros nos Estados Unidos. As caixas foram encaminhadas pelo Ministério Público de Nova York, que colabora com autoridades brasileiras na investigação de lavagem de dinheiro, e a análise dos documentos está apenas no começo.

"Acabamos de receber 35 caixas de documentos remetidas pelo Ministério Público de Nova York, com contas várias, de vários bancos, que, com certeza, vão dar informações preciosas à CPMI", afirmou.

A nova remessa também será analisada pela força-tarefa do Ministério Público Federal que investiga o assunto, segundo o procurador da República Vladimir Aras.

Mentor defendeu em Curitiba a necessidade de prorrogação da CPMI por 180 dias. "Já estamos colhendo assinaturas para a proposta", disse, explicando que desistiu de pedir um prazo mais dilatado. "Eu defendia um ano em razão das eleições municipais deste ano, que envolvem muito o parlamento, mas conversando com colegas, achamos mais adequado os 180 dias", afirmou. O prazo atual expira no final de junho e já há cerca de 500 pessoas na lista de futuros indiciados.

Ontem e hoje a CPMI realiza sessões em Curitiba. O depoimento do doleiro Alberto Youssef, que estava previsto para ontem, não aconteceu. A greve da Polícia Federal atrapalhou os indicamentos da maioria dos relacionados pela comissão, e o doleiro não vai mais depor.

Ontem, apenas o ex-presidente do banco paraguaio Integración Luiz Carlos dos Santos Mello foi ouvido. Mello --que hoje é diretor administrativo e financeiro do Detran (Departamento de Trânsito) do Paraná, por indicação do governador Roberto Requião (PMDB)--, afirmou desconhecer as operações irregulares na instituição que dirigia.

Integrantes da CPMI ouvidos pela Agência Folha disseram que ele deve ser um dos indiciados sob a suspeita de crime de formação de quadrilha. De abril de 1996 a dezembro de 1998, quando Mello dirigiu o banco, o Integracion movimentou de forma irregular, em operações que passaram por Banestado e do banco Araucária, R$ 5,2 bilhões, segundo a CPMI.
 

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