Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
05/05/2004 - 18h42

Acuado com o caso Waldomiro, governo proibiu bingos no país

Publicidade

da Folha Online

Contrariando o que defendia até então, o governo resolveu editar medida provisória proibindo a exploração de bingos e de máquinas caça-níquel no país. A medida foi uma reação à crise gerada pela divulgação de vídeo no qual o ex-subchefe da Presidência Waldomiro Diniz pede propina e dinheiro para campanhas a um empresário do bingo.

Depois de muita negociação e o anúncio de liberação de verbas reivindicadas desde o início do ano por congressistas, o Planalto conseguiu aprovar em 30 de março a MP dos bingos na Câmara por 295 votos a 73, com três abstenções.

A fita foi gravada em 2002, quando Waldomiro presidia a Loterj (Loteria do Estado do Rio de Janeiro) no governo Benedita da Silva (PT). Com a posse de Lula em 2003, Waldomiro passou a assessor de José Dirceu na Casa Civil, com quem já havia trabalhado na Câmara dos Deputados e dividido apartamento em Brasília.

À época da edição da MP, líderes da oposição classificaram a proibição de 'infantilidade' e tática para desviar a atenção do caso Waldomiro.

A decisão de fechar os bingos contraria os planos do próprio governo, que planejava legalizar esse tipo de jogo, analisando inclusive a hipótese de estatizá-lo.

Na mensagem que Lula enviou em fevereiro para a abertura dos trabalhos legislativos deste ano, o governo dizia: 'A legalização prevê a obtenção e a disciplinamento de fontes de recursos, como é o caso dos bingos, que permitam ao governo financiar projetos de inclusão social'.

Um grupo de técnicos ligados à Casa Civil estudou em 2003 uma proposta para a regulamentação dos bingos no Brasil, com a seguinte conclusão: bingos deveriam ser controlados pela União e operados pela Caixa Econômica.

Em 2001, época em que era pré-candidato à Presidência, Lula disse ser a favor da legalização do jogo do bicho.
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página