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11/05/2004
-
14h00
da Folha Online
O site do "New York Times" publicou em seu site a íntegra da carta enviada ao pelo embaixador brasileiro em Washington, Roberto Abdenur, em resposta à reportagem na qual o jornal americano dizia que os brasileiros estariam preocupados com o hábito do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de "bebericar".
Na carta, o embaixador classifica a reportagem de "ofensiva" e "totalmente infundada". Afirma ainda que "o prestígio pessoal do presidente Lula, que tem origem num país em desenvolvimento, acaba gerando todo tipo de reação, muitas delas dirigidas para a diminuição do brilho da sua liderança".
No domingo, dia em que foi publicada a reportagem, o embaixador foi orientado pela Presidência a "transmitir a indignação e a surpresa do governo brasileiro pela veiculação de insultos gratuitos ao Presidente da República".
Leia abaixo a tradução da carta feita pela Agência Brasil:
"Para o Editor:
Li com perplexidade e indignação o artigo de 9 de maio sobre o presidente do Brasil. À luz do título, "Ato de bebericar [tippling] do líder brasileiro se torna preocupação nacional", seria de esperar que qualquer jornalista sério apresentasse fontes locais confiáveis ou sólida cobertura da mídia para sustentar tal afirmação, mas certamente não foi o que aconteceu quando o próprio repórter se refere a isso como "especulação", "boato" e "histórias".
Como um longo artigo pode ser escrito tentando apresentar como fatos reais algo que o próprio jornalista sugere que talvez nem exista?
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva é um líder e estadista respeitado no Brasil e no mundo todo. Inclusive, no mês passado, a revista Time incluiu seu nome entre as 100 pessoas mais influentes da Terra. Isto aconteceu como reconhecimento de seu papel como novo porta-voz do mundo em desenvolvimento, alguém que procura um mundo mais justo por meio de reformas, austeridade econômica e justiça social.
O prestígio pessoal do presidente Lula, que tem origem num país em desenvolvimento, acaba gerando todo tipo de reação, muitas delas dirigidas para a diminuição do brilho da sua liderança. É surpreendente e lamentável que o jornal "The New York Times" tenha dado crédito a uma história tão ofensiva e totalmente infundada.
ROBERTO ABDENUR
Embaixador do Brasil
Washington, 10 de maio de 2004"
Com Agência Brasil
Embaixador brasileiro nos EUA envia carta ao "NYT"
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O site do "New York Times" publicou em seu site a íntegra da carta enviada ao pelo embaixador brasileiro em Washington, Roberto Abdenur, em resposta à reportagem na qual o jornal americano dizia que os brasileiros estariam preocupados com o hábito do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de "bebericar".
Na carta, o embaixador classifica a reportagem de "ofensiva" e "totalmente infundada". Afirma ainda que "o prestígio pessoal do presidente Lula, que tem origem num país em desenvolvimento, acaba gerando todo tipo de reação, muitas delas dirigidas para a diminuição do brilho da sua liderança".
No domingo, dia em que foi publicada a reportagem, o embaixador foi orientado pela Presidência a "transmitir a indignação e a surpresa do governo brasileiro pela veiculação de insultos gratuitos ao Presidente da República".
Leia abaixo a tradução da carta feita pela Agência Brasil:
"Para o Editor:
Li com perplexidade e indignação o artigo de 9 de maio sobre o presidente do Brasil. À luz do título, "Ato de bebericar [tippling] do líder brasileiro se torna preocupação nacional", seria de esperar que qualquer jornalista sério apresentasse fontes locais confiáveis ou sólida cobertura da mídia para sustentar tal afirmação, mas certamente não foi o que aconteceu quando o próprio repórter se refere a isso como "especulação", "boato" e "histórias".
Como um longo artigo pode ser escrito tentando apresentar como fatos reais algo que o próprio jornalista sugere que talvez nem exista?
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva é um líder e estadista respeitado no Brasil e no mundo todo. Inclusive, no mês passado, a revista Time incluiu seu nome entre as 100 pessoas mais influentes da Terra. Isto aconteceu como reconhecimento de seu papel como novo porta-voz do mundo em desenvolvimento, alguém que procura um mundo mais justo por meio de reformas, austeridade econômica e justiça social.
O prestígio pessoal do presidente Lula, que tem origem num país em desenvolvimento, acaba gerando todo tipo de reação, muitas delas dirigidas para a diminuição do brilho da sua liderança. É surpreendente e lamentável que o jornal "The New York Times" tenha dado crédito a uma história tão ofensiva e totalmente infundada.
ROBERTO ABDENUR
Embaixador do Brasil
Washington, 10 de maio de 2004"
Com Agência Brasil
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