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11/09/2000
-
20h21
da Agência Folha
As maiores manifestações de sem-terra no país ocorreram em Porto Alegre, onde foram invadidas a sede do Incra e da Receita Federal, e no Pontal do Paranapanema, oeste de São Paulo, onde cerca de 600 manifestantes iniciaram ontem uma marcha de 115 quilômetros, que vai de Teodoro Sampaio a Presidente Prudente.
No Estado de São Paulo, houve ainda a invasão de uma agência do Banco do Brasil em Andradina, no oeste do Estado, por cerca de 80 assentados ligados ao MST. Os lavradores pedem do governo liberação de créditos. Não houve incidentes.
No Rio Grande do Sul, cerca de 2.000 membros do MST e do MPA (Movimento dos Pequenos Agricultores) invadiram os prédios da Receita Federal e do Incra, em Porto Alegre.
Com o bloqueio dos prédios, um ao lado do outro, na zona central da capital gaúcha, não houve expediente. Funcionários e usuários se queixaram da invasão e do fato de os agricultores estarem com foices.
A juíza Ana Maria Teisen, da 7ª Vara Federal, concedeu prazo de 20 horas para a desocupação e determinou que os manifestantes não impedissem o trânsito dos funcionários nos prédios. Os líderes disseram que vieram dispostos a ficar até suas reivindicações serem aceitas pelo governo.
Em Minas Gerais, cerca de 80 sem-terra ligados ao MST invadiram de manhã a Superintendência do Incra em Belo Horizonte. Os sem-terra trouxeram comida, cobertores, colchões e se acomodaram nos corredores da superintendência.
Durante a tarde, eles se reuniram com o superintendente interino do órgão, Antônio Carlos da Silva, mas não houve acordo para desocupação.
Em Pernambuco, cerca de 200 integrantes do MST vão realizar a partir de hoje "visitas" diárias ao Incra, em Recife, para pressionar o órgão a agilizar o processo de reforma agrária no Estado.
O grupo montou ontem um acampamento na praça em frente à Chesf (Companhia Hidrelétrica do São Francisco). "Iremos todos os dias cobrar as vistorias e desapropriações prometidas", disse Rommel Figueiredo, da coordenação estadual do MST.
Em Mato Grosso, cerca de 400 membros do MST invadiram de manhã os escritórios do Incra em Cuiabá e Cáceres. Na capital do Estado, a invasão envolveu integrantes de 18 acampamentos _300 pessoas. Os sem-terra disseram que só sairão do prédio por determinação da direção nacional do MST.
No Paraná, cerca de 500 militantes do MST ocuparam a sede do Incra, em Curitiba. O grupo pretendia continuar acampado dentro do prédio.
Em Rondônia, o MST ocupou sedes do Incra em três municípios: Ariquemes (com cerca de 100 pessoas), Ji-Paraná (150 pessoas) e Pimentel Bueno (110). Em Santa Catarina, cerca de 300 sem-terra invadiram a sede do Incra, em Florianópolis.
Clique aqui para ler mais sobre política na Folha Online.
Porto Alegre registra maiores manifestações do MST
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As maiores manifestações de sem-terra no país ocorreram em Porto Alegre, onde foram invadidas a sede do Incra e da Receita Federal, e no Pontal do Paranapanema, oeste de São Paulo, onde cerca de 600 manifestantes iniciaram ontem uma marcha de 115 quilômetros, que vai de Teodoro Sampaio a Presidente Prudente.
No Estado de São Paulo, houve ainda a invasão de uma agência do Banco do Brasil em Andradina, no oeste do Estado, por cerca de 80 assentados ligados ao MST. Os lavradores pedem do governo liberação de créditos. Não houve incidentes.
No Rio Grande do Sul, cerca de 2.000 membros do MST e do MPA (Movimento dos Pequenos Agricultores) invadiram os prédios da Receita Federal e do Incra, em Porto Alegre.
Com o bloqueio dos prédios, um ao lado do outro, na zona central da capital gaúcha, não houve expediente. Funcionários e usuários se queixaram da invasão e do fato de os agricultores estarem com foices.
A juíza Ana Maria Teisen, da 7ª Vara Federal, concedeu prazo de 20 horas para a desocupação e determinou que os manifestantes não impedissem o trânsito dos funcionários nos prédios. Os líderes disseram que vieram dispostos a ficar até suas reivindicações serem aceitas pelo governo.
Em Minas Gerais, cerca de 80 sem-terra ligados ao MST invadiram de manhã a Superintendência do Incra em Belo Horizonte. Os sem-terra trouxeram comida, cobertores, colchões e se acomodaram nos corredores da superintendência.
Durante a tarde, eles se reuniram com o superintendente interino do órgão, Antônio Carlos da Silva, mas não houve acordo para desocupação.
Em Pernambuco, cerca de 200 integrantes do MST vão realizar a partir de hoje "visitas" diárias ao Incra, em Recife, para pressionar o órgão a agilizar o processo de reforma agrária no Estado.
O grupo montou ontem um acampamento na praça em frente à Chesf (Companhia Hidrelétrica do São Francisco). "Iremos todos os dias cobrar as vistorias e desapropriações prometidas", disse Rommel Figueiredo, da coordenação estadual do MST.
Em Mato Grosso, cerca de 400 membros do MST invadiram de manhã os escritórios do Incra em Cuiabá e Cáceres. Na capital do Estado, a invasão envolveu integrantes de 18 acampamentos _300 pessoas. Os sem-terra disseram que só sairão do prédio por determinação da direção nacional do MST.
No Paraná, cerca de 500 militantes do MST ocuparam a sede do Incra, em Curitiba. O grupo pretendia continuar acampado dentro do prédio.
Em Rondônia, o MST ocupou sedes do Incra em três municípios: Ariquemes (com cerca de 100 pessoas), Ji-Paraná (150 pessoas) e Pimentel Bueno (110). Em Santa Catarina, cerca de 300 sem-terra invadiram a sede do Incra, em Florianópolis.
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