Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
14/05/2004 - 07h00

Centrais chamam Rohter de "alienígena"

Publicidade

da Folha de S.Paulo, em Brasília

Em uma espécie de "kit" distribuído ontem aos 102 integrantes do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, que se reuniram com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi incluída uma nota intitulada "Respeitem o Brasil!", na qual o jornalista Larry Rohter, do "New York Times" é chamado de "alienígena". A nota é assinada por cinco centrais sindicais.

Rohter publicou neste domingo uma reportagem afirmando que o ato de "bebericar" do presidente Lula era "preocupação nacional". Sem conseguir uma retratação do jornal, Lula determinou sua expulsão do país.

"A leitura do artigo escrito por esse personagem alienígena contém um amontoado de calúnias, difamações e inverdades dentro de um contexto insidioso, inverídico e de má-fé", diz um dos trechos da nota. O documento é assinado pela Central Autônoma dos Trabalhadores, Força Sindical, Confederação Geral dos Trabalhadores, Central Única dos Trabalhadores e Social-Democracia Sindical.

A nota foi escrita e distribuída por e-mail a várias pessoas antes de Lula ter tomado a decisão. Mas o fato é que o panfleto só foi distribuído ontem no Planalto, por ocasião da reunião do conselho. A nota foi entendida como uma defesa de Lula.

Por meio de sua assessoria, a Força Sindical informou que, com a expulsão, "a nota ficou velha" e que o que vale é a posição da central repudiando a decisão do governo brasileiro. "É mais uma trapalhada de Lula", disse o presidente da Força, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho.

Apesar de a nota ter sido feita antes da decisão de Lula, um dos trechos afirma que Rohter tornou-se "inimigo da pátria" e que deveria deixar o país.

A nota foi parar na pasta dos conselheiros --ao lado de cópias dos gráficos apresentados pelo ministro Antonio Palocci Filho (Fazenda)-- por iniciativa de um sindicalista da CGT, segundo informação do Planalto.
O ministro Jaques Wagner (responsável pelo conselho) afirmou que o assunto não estava na pauta da reunião.
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página