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24/05/2004 - 20h20

Em CPI, jornalista nega ter chantageado Waldomiro Diniz

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VINÍCIUS QUEIROZ GALVÃO
da Folha de S.Paulo, no Rio

Em depoimento à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Assembléia do Rio que investiga o caso Waldomiro Diniz, o jornalista Mino Pedrosa negou nesta segunda ter chantageado o ex-subchefe da Casa Civil para que ele intercedesse em benefício do empresário do jogo Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, na discussão sobre regulamentação dos bingos que transitava no governo.

A chantagem, segundo o depoimento de Waldomiro à CPI, em abril, teria ocorrido em janeiro de 2003, logo após sua nomeação para a Casa Civil.

Pedrosa, que assessora Cachoeira, foi ouvido pelos integrantes da CPI no Senado, em Brasília, e disse que Waldomiro negociou para ele a concessão de uma afiliada da Rede Record em Palmas (TO) com o deputado Bispo Rodrigues (PL-RJ), ligado à Igreja Universal.

O jornalista afirmou ainda que o ex-assessor da Casa Civil intermediou em seu favor uma consultoria no valor de R$ 100 mil para a Abrabin (Associação Brasileira dos Bingos).

Pedrosa negou ter entregue à revista "Época" a fita em que Waldomiro aparece pedindo propina e negociando contribuições de campanha com Cachoeira em 2002, quando presidia a Loterj (Loteria do Estado do Rio de Janeiro). O conteúdo da fita foi divulgado em fevereiro pela revista.

Segundo Pedrosa, a emissora só não foi concedida porque "o senador [Eduardo] Siqueira Campos (PSDB-TO) conseguiu, por intermédio de seu pai [José Wilson Siqueira Campos, ex-governador de Tocantins], que seis deputados se filiassem ao PL".

Tesoureiro

Em outro depoimento que contradisse o de Waldomiro, Paulo Waisros Pereira, tesoureiro da campanha do petista Geraldo Magela ao governo do Distrito Federal, em 2002, negou ter recebido contribuição de R$ 100 mil de Waldomiro.

O ex-subchefe da Casa Civil disse que o dinheiro, dado por Cachoeira, teria sido entregue ao tesoureiro em cinco encontros em Brasília e no Rio.

Pereira trabalhou de julho de 2003 até fevereiro deste ano no gabinete de Aloizio Mercadante (PT-SP), líder do governo no Senado. Ele disse ter deixado de trabalhar com o senador dias após a divulgação do caso Waldomiro por "motivos pessoais".

No depoimento, Pereira declarou ainda que Waldomiro teria dito, em 2002, que "não conseguia levantar fundos, porque Magela estava mal nas pesquisas". O presidente da CPI, deputado estadual Alessandro Calazans (PV), pedirá uma acareação entre Waldomiro e Pereira.

O advogado de Waldomiro, Luiz Guilherme Vieira, não foi localizado para comentar os depoimentos.
 

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