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26/05/2004
-
12h57
JOÃO SANDRINI
da Folha Online, em Brasília
O ministro José Viegas (Defesa) descartou hoje que o Brasil sofra pressões internacionais devido ao possível acordo de cooperação nuclear que está sendo negociado com a China.
"Não tem o menor fundamento achar que o Brasil tem alguma pretensão de construir qualquer artefato bélico. (...) Não temos nenhuma instalação não-declarada, nenhum programa secreto", afirmou.
As negociações do acordo com a China, anunciadas ontem, trouxeram novamente à tona a preocupação de especialistas internacionais e do Departamento de Estado dos EUA de que o Brasil estaria em busca de deter a tecnologia necessária para a fabricação de armas nucleares ou de que o urânio a ser exportado pelo Brasil para a China possa ser revendido a países não-signatários de acordos que restringem a proliferação de armas.
O ministro também lembrou que o Brasil é signatário de tratados de não-proliferação de armas nucleares e que as negociações com a China estão sendo feitas de acordo com as regras previstas nos tratados. Portanto, não haveria motivos para que a comunidade internacional voltasse a cobrar do Brasil a assinatura de protocolos adicionais de não-proliferação de armas.
"Trata-se de um acordo comercial para a venda ou a produção conjunta de material nuclear para a produção de energia dentro de todas as salvaguardas. De maneira que não tem porque pensar que um acordo feito com a China, de acordo com as normas internacionais, possa desencadear qualquer tipo de pressão sobre o Brasil. Isso seria uma coisa injusta e descabida", afirmou.
No começo de abril, o governo norte-americano cobrou, a partir reportagem publicada pelo jornal "Washington Post", acesso irrestrito a uma instalação brasileira de enriquecimento de urânio que está em construção em Resende (RJ). Condições impostas pelo governo geraram especulações sobre os fins pacíficos do programa nuclear brasileiro.
Viegas descarta pressão sobre o Brasil por acordo nuclear com China
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da Folha Online, em Brasília
O ministro José Viegas (Defesa) descartou hoje que o Brasil sofra pressões internacionais devido ao possível acordo de cooperação nuclear que está sendo negociado com a China.
"Não tem o menor fundamento achar que o Brasil tem alguma pretensão de construir qualquer artefato bélico. (...) Não temos nenhuma instalação não-declarada, nenhum programa secreto", afirmou.
As negociações do acordo com a China, anunciadas ontem, trouxeram novamente à tona a preocupação de especialistas internacionais e do Departamento de Estado dos EUA de que o Brasil estaria em busca de deter a tecnologia necessária para a fabricação de armas nucleares ou de que o urânio a ser exportado pelo Brasil para a China possa ser revendido a países não-signatários de acordos que restringem a proliferação de armas.
O ministro também lembrou que o Brasil é signatário de tratados de não-proliferação de armas nucleares e que as negociações com a China estão sendo feitas de acordo com as regras previstas nos tratados. Portanto, não haveria motivos para que a comunidade internacional voltasse a cobrar do Brasil a assinatura de protocolos adicionais de não-proliferação de armas.
"Trata-se de um acordo comercial para a venda ou a produção conjunta de material nuclear para a produção de energia dentro de todas as salvaguardas. De maneira que não tem porque pensar que um acordo feito com a China, de acordo com as normas internacionais, possa desencadear qualquer tipo de pressão sobre o Brasil. Isso seria uma coisa injusta e descabida", afirmou.
No começo de abril, o governo norte-americano cobrou, a partir reportagem publicada pelo jornal "Washington Post", acesso irrestrito a uma instalação brasileira de enriquecimento de urânio que está em construção em Resende (RJ). Condições impostas pelo governo geraram especulações sobre os fins pacíficos do programa nuclear brasileiro.
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