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28/05/2004
-
16h20
CAIO JUNQUEIRA
da Folha Online
O presidente interino, José Alencar, teve a semana marcada por uma agenda regional e partidária, fora do padrão para quem ocupa o maior posto do país. Das 24 reuniões de que participou, 16 foram com integrantes do PL, o seu partido, ou com pessoas de Minas Gerais, seu Estado natal.
Alencar recebeu, entre outros representantes mineiros, os prefeitos de Varginha (MG) --acompanhado de vereadores da cidade--, de Governador Valadares (MG); o secretário de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior de Minas Gerais; o reitor da Universidade de Uberaba (MG); o presidente da União dos Varejistas de Minas Gerais; um ex-senador e deputados estaduais.
Na terça-feira, o presidente interino teve uma reunião com o desembargador federal mineiro Arnaldo Esteves Lima, que trabalha no Tribunal Regional Federal da Segunda Região. O tema do encontro foi a indicação do desembargador, em uma lista tríplice, para ser ministro do Superior Tribunal de Justiça. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva é o responsável pela escolha.
No dia seguinte, enquanto aconteciam os desdobramentos da Operação Vampiro --que apura irregularidades em licitações do Ministério da Saúde-- e repercutia no Brasil e no mundo a provável negociação de um acordo nuclear entre Brasil e China, Alencar se encontrou, entre outros, com o presidente do Partido dos Aposentados da Nação e com o presidente do PL de Nova Lima (MG).
Por outro lado, o ministro da Casa Civil, José Dirceu, teve, no mesmo dia, reuniões com os ministros Humberto Costa (Saúde), Luiz Gushiken, da Secom (Secretaria de Comunicação), e José Viegas (Defesa).
"Baixo clero"
Além do partidarismo e do regionalismo, outra característica da agenda de José Alencar foram diversas reuniões com representantes do considerado "baixo clero" da Câmara --deputados com pouca representação política na Casa.
O único deputado com maior representividade política que se reuniu com o presidente interino foi Valdemar Costa Neto (SP), presidente nacional do PL, partido de Alencar.
Nesta quinta-feira, durante participação na cerimônia para marcar o Dia Nacional da Mata Atlântica, ele afirmou estar com saudades do Senado, de onde saiu em 2002 para se candidatar ao cargo de vice-presidente na chapa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"Tenho muita saudade do Senado. A saudade que eu tenho do Senado sempre se renova e se fortalece quando me lembro da ação naquela Casa desta grande ministra Marina Silva", em alusão a ministra do Meio Ambiente, presente na cerimônia e que trabalhou com ele no Senado.
Nesta sexta-feira, a agenda de Alencar prevê apenas despachos internos no Palácio do Planalto.
Na ausência de Lula, Alencar teve agenda regional
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da Folha Online
O presidente interino, José Alencar, teve a semana marcada por uma agenda regional e partidária, fora do padrão para quem ocupa o maior posto do país. Das 24 reuniões de que participou, 16 foram com integrantes do PL, o seu partido, ou com pessoas de Minas Gerais, seu Estado natal.
Alencar recebeu, entre outros representantes mineiros, os prefeitos de Varginha (MG) --acompanhado de vereadores da cidade--, de Governador Valadares (MG); o secretário de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior de Minas Gerais; o reitor da Universidade de Uberaba (MG); o presidente da União dos Varejistas de Minas Gerais; um ex-senador e deputados estaduais.
Na terça-feira, o presidente interino teve uma reunião com o desembargador federal mineiro Arnaldo Esteves Lima, que trabalha no Tribunal Regional Federal da Segunda Região. O tema do encontro foi a indicação do desembargador, em uma lista tríplice, para ser ministro do Superior Tribunal de Justiça. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva é o responsável pela escolha.
No dia seguinte, enquanto aconteciam os desdobramentos da Operação Vampiro --que apura irregularidades em licitações do Ministério da Saúde-- e repercutia no Brasil e no mundo a provável negociação de um acordo nuclear entre Brasil e China, Alencar se encontrou, entre outros, com o presidente do Partido dos Aposentados da Nação e com o presidente do PL de Nova Lima (MG).
Por outro lado, o ministro da Casa Civil, José Dirceu, teve, no mesmo dia, reuniões com os ministros Humberto Costa (Saúde), Luiz Gushiken, da Secom (Secretaria de Comunicação), e José Viegas (Defesa).
"Baixo clero"
Além do partidarismo e do regionalismo, outra característica da agenda de José Alencar foram diversas reuniões com representantes do considerado "baixo clero" da Câmara --deputados com pouca representação política na Casa.
O único deputado com maior representividade política que se reuniu com o presidente interino foi Valdemar Costa Neto (SP), presidente nacional do PL, partido de Alencar.
Nesta quinta-feira, durante participação na cerimônia para marcar o Dia Nacional da Mata Atlântica, ele afirmou estar com saudades do Senado, de onde saiu em 2002 para se candidatar ao cargo de vice-presidente na chapa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"Tenho muita saudade do Senado. A saudade que eu tenho do Senado sempre se renova e se fortalece quando me lembro da ação naquela Casa desta grande ministra Marina Silva", em alusão a ministra do Meio Ambiente, presente na cerimônia e que trabalhou com ele no Senado.
Nesta sexta-feira, a agenda de Alencar prevê apenas despachos internos no Palácio do Planalto.
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