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29/05/2004 - 06h17

Ex-assessor de tucanos é investigado pela Operação Vampiro

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da Folha de S.Paulo, em Brasília

A Polícia Federal e o Ministério Público estão investigando, no âmbito da Operação Vampiro, o consultor Platão Fischer-Pühler, que até setembro de 2002 era diretor de Projetos Estratégicos do Ministério da Saúde.

No cargo, cabia a ele a palavra final sobre a aquisição e a definição dos preços de medicamentos como hemoderivados e compostos do coquetel da Aids --dois dos mais caros itens em meio à lista de compras da pasta. Pühler trabalhou no Ministério da Saúde de maio de 1997 a setembro de 2002. Nesse período, a pasta da Saúde foi comandada pelos ex-ministros Carlos César de Albuquerque, José Serra e Barjas Negri, todos do PSDB.

Ao deixar o ministério, Pühler se tornou sócio da empresa GT&P Consultoria, em Brasília, que foi um dos 42 alvos de mandados de busca e apreensão no último dia 19 de maio.

Um contrato de consultoria de R$ 380 mil liga Pühler ao empresário Jaisler Jabour. O empresário, representante da fornecedora de hemoderivados Octapharma, foi preso em Brasília e é um dos 17 acusados de fraudar licitação de compra de hemoderivados pelo Ministério da Saúde.

Também como resultado da Operação Vampiro, a Justiça declarou a indisponibilidade de bens de parte dos investigados. Há pelo menos 20 imóveis, jóias e nove embarcações --duas delas registradas em nome de Pühler.

Conforme a investigação, o crescimento do patrimônio de Pühler é incompatível com a renda que ele declara à Receita.

O consultor não foi localizado ontem pela Folha. Seu nome não consta do cadastro de informações telefônicas em Brasília nem em São Paulo. O mesmo vale para a empresa GT&P Consultoria.

A assessoria do PSDB afirmou que Pühler nunca foi assessor direto de José Serra. Ele trabalhou na secretaria-executiva, comandada à época por Barjas Negri, este subordinado a Serra. Segundo os tucanos, ele foi levado para o Ministério da Saúde pelo ex-ministro Carlos Albuquerque, não por Serra. Afirmou ainda que, se houver indícios de que ele esteve envolvido em alguma irregularidade, "deve ser investigado".

Ontem, a Justiça negou pedido da PF e do Ministério Público para prorrogar a prisão de 11 acusados de envolvimento em fraudes no Ministério da Saúde.
 

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