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30/05/2004 - 06h23

Empresário elogia PF, mas nega fraude

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da Folha de S.Paulo, em Brasília
da Folha de S.Paulo

No primeiro dia após deixarem a Superintendência da Polícia Federal em Brasília, onde passaram dez dias presos em decorrência da Operação Vampiro, apenas um dos acusados de envolvimento em fraudes em licitações do Ministério da Saúde deu entrevista para negar envolvimento com o caso. Outros não quiseram comentar o assunto ou não foram localizados.

Na madrugada de ontem, 11 pessoas presas pela PF no dia 19 foram liberadas, sendo sete em Brasília, três em São Paulo e uma no Rio de Janeiro. Outros três empresários continuam presos porque o prazo da prisão temporária ainda não terminou. Mais três presos tinham sido liberados logo após prestarem depoimento.

O empresário Eduardo Passos Pedrosa, que aparece na investigação da PF tratando de contratos do Ministério da Saúde, disse ontem à Folha que foi envolvido nas investigações devido à atuação de seu ex-sócio Lourenço Rommel Ponte Peixoto.

Peixoto, segundo as apurações da Operação Vampiro, intermediaria negociações entre fornecedores de produtos do Ministério da Saúde e os servidores.

Pedrosa e sua mulher são sócios da Phoenix Segurança Patrimonial, na qual Peixoto teve participação. "Fui sócio de uma pessoa [Peixoto] que não sou há mais de três anos, por isso fui parar lá [Operação Vampiro]", disse Pedrosa.

O empresário afirmou que, agora que foi solto, "vai mostrar que não tem nada a ver com essa história". Ele ainda disse que o trabalho da Polícia Federal e do Ministério Público Federal é "fundamental" e que "se tiver algum culpado que pague".

Já a mulher do lobista Romeu de Amorim disse que ontem que ele não falaria com a imprensa. O ex-integrante da Comissão Geral de Recursos Logísticos do ministério Manoel Pereira Braga Neto também não quis falar sobre o caso.

Luiz Cláudio Gomes da Silva, ex-coordenador-geral de Recursos Logísticos do ministério, não foi localizado.

O filho do ex-presidente da comissão de licitações do Ministério da Saúde Mário Machado da Silva afirmou que o pai não estava em casa e não tem celular. Também disse que não sabia a que horas Silva voltaria.

Francisco Danúbio Honorato estava em seu apartamento, mas a mulher dele disse que ele não iria falar sobre a acusação. Foram deixados recados para o advogado.

A Folha também tentou, sem sucesso, encontrar André Murgel no endereço que consta no pedido de habeas corpus como sendo dele, uma casa no Lago Sul, bairro nobre de Brasília.

Em São Paulo, os três empresários que estavam na superintendência da PF, Elias Esperidião Abboadalla, Laerte Correa Júnior e Marcelo Pitta, deixaram o prédio por volta das 0h.

O advogado de Correa Júnior disse que entraria em contato com a reportagem, o que não ocorreu até o fechamento desta edição.

Contatado por telefone, o advogado de Pitta, Arnaldo Malheiros Filho, ditou uma nota: "Marcelo Pitta participava de licitações no Ministério da Saúde representando a Cruz Vermelha Americana, entidade beneficente conhecida em todo o mundo. É a primeira vez na história que alguém diz que a Cruz Vermelha integra quadrilha".

Abboadalla foi procurado em um de seus telefones e em endereços em seu nome, mas não foi localizado. No Rio, Armando Garcia Coelho, também solto ontem, não se manifestou.
 

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